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Sala de aula.
Imagem ilustrativa.| Foto: Gerson Klaina/Tribuna do Paraná

Depois de votada a reforma tributária na Câmara, ouvem-se queixas dos próprios deputados, de que votaram sem conhecer o texto, ou votaram sem entender as consequências do texto. Representantes do povo são espelho de seus eleitores, que se calam quando seu representante vota o contrário do compromisso de campanha, ou quando lhes dá as costas e deixa de representá-los para ganhar um cargo em outro poder. Uns e outros carecem de educação e ensino que lhes credenciem para praticar um sistema que tem defeitos, mas ainda não foi superado por nenhum outro: a democracia, em que todo poder emana do povo e é exercido em seu nome através de seus representantes nomeados pelo voto.

Muitos políticos não pensam que educação e ensino são prioridades absolutas para um país na situação crônica do Brasil, sem conseguir aproveitar sua riqueza natural. Tão rico de recursos naturais e tão pobre em bem-estar. Políticos que não pensam que o mais importante é educação e ensino porque, afinal, muitos deles não tiveram formação e ainda assim tiveram votos. Há políticos que nem querem educação e ensino, porque povo sem um nem outro é mais fácil de ser conduzido. Paternalismo e clientelismo andam juntos. São pagadores de impostos que nem sabem que pagam, e recebem qualquer esmola como dádivas pessoais de quem usa o imposto do suor alheio. Povo que não é ensinado a pensar também não sabe que é a origem do poder, mandante de seus mandatários políticos e daqueles que são servidores do público.

Esse povo que se deixa conduzir só se libertará com a educação e o ensino. Desde criança convive com heróis que são maus exemplos, exaltados na mídia que omite os heróis verdadeiros. Aí, fica mais fácil de enganar o povo, que segue a falácia até morrer, como aconteceu na pandemia, quando usaram o medo para paralisar corpos e mentes. O medo paralisa; a ignorância aliena. Agora o Censo nos mostra que estamos cada vez mais velhos e aposentados, e cada vez menos jovens e produtivos. Não há país que gere bem-estar se os que geram riqueza forem menores em número diante dos que só consomem. A janela dessa oportunidade vai se fechar em breve e é preciso correr com mais produtividade dos que estão em idade ativa.

Para mais produtividade, ensino; para cidadania e democracia, educação. Educação é tarefa da família; ensino, tarefa da escola. Podemos estar carentes de pais e professores, se as pessoas não praticam a cidadania ou não sabem interpretar um texto nem acertar as letras das palavras que jogam nas redes sociais. Isso não é promessa de futuro com bem-estar; ao contrário. Professores que não estão preparados para transmitir o conhecimento da língua, da matemática, das ciências, estão traindo seus alunos e o país. Pais que transferem a educação para os professores estão transferindo responsabilidades e se eximindo de uma bendita missão. Famílias que não ensinam seus filhos a ética, o cumprimento das leis, a cidadania, as virtudes, o respeito aos outros, os modos de viver em coletividade, estão formando o quê? Não há outra saída para garantir futuro para este país a não ser ensinando. Em casa e na escola.

Conteúdo editado por:Marcio Antonio Campos
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