
O governo não assume acordos, mas acho que acertaram algo com Donald Trump. Ele tirou Alexandre de Moraes da Magnitsky, para tirar o primeiro bode, e o governo ajuda depois; há outros bodes: as tarifas, os vistos americanos de ministros do Supremo... o governo não mexeu uma palha contra o projeto de lei da dosimetria, que é um primeiro passo para se chegar à anistia. Lula diz que, para examinar, “vai se aconselhar com Deus”, e Deus é justo e misericordioso.
Stanford mostra associação entre vacina de mRNA e miocardite
A Universidade de Stanford tem um estudo comprovando que as vacinas com base no tal mRNA, aquelas que mexem com a genética, podem causar inflamação no músculo cardíaco, ou seja, miocardite. É perigosíssimo: se o músculo do coração parar de comprimir e soltar, a pessoa morre. Isso é algo que a prática já vinha demonstrando, mas agora está sendo estudado por cientistas de universidades renomadas como Stanford.
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STF insiste em ignorar conceitos básicos de interpretação de texto no marco temporal
Eu estava conversando com duas professoras de Português a respeito da falta de aprendizado que chegou ao Supremo, a incapacidade de perceber qual é o tempo de um verbo. A Constituição, no artigo 231, diz que “são de propriedade dos indígenas as terras que tradicionalmente ocupam” – é presente do indicativo, terceira pessoa do plural. Presente do indicativo é aquele momento; não é nenhum presente continuado, que seria o gerúndio, é aquele momento específico. Não diz “que tiverem ocupado” ou “que vierem a ocupar” – um se refere a um tempo passado; o outro, a um tempo futuro. Não, a Constituição usa o presente. E qual é o presente da Constituição? É o dia em que ela foi promulgada: 5 de outubro de 1988.
Mesmo assim estava havendo dúvidas. Por causa disso, fizeram uma lei, e agora o Supremo decide dizer que a lei é inconstitucional, ainda que ela estivesse baseada na Constituição. Quer dizer que a Constituição é inconstitucional? Nem o Congresso pode mudar certas cláusulas da carta magna; e o Supremo, que é o guardião da Constituição, não preserva nada: está alterando o texto, colocando o verbo em um tempo diferente do presente do indicativo. E isso traz completa insegurança fundiária. Não sei se foi por isso que temos 10 milhões de toneladas a menos previstas para o ano que vem, no agro.
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O Senado, por sua vez, se prevenindo e sabendo que isso estava em marcha lá no Supremo, tratou de aprovar uma emenda à Constituição para deixar ainda mais claro isso, que o marco temporal é 5 de outubro de 1988. Essa nova redação do artigo 231 já foi aprovada no Senado, só falta a Câmara votar duas vezes, aprovar e acabar com a insegurança fundiária, que gera insegurança econômica.
Quatro em cada dez brasileiros acham que a economia piorou
Em uma pesquisa da Genial/Quaest, 38% dos pesquisados dizem que a economia brasileira piorou; só 28% dizem que melhorou. Além disso, 57% acham que em novembro os alimentos ficaram mais caros em relação a outubro. Alimento é produção da terra, produção do agro. Percebam como esse país parece que trabalha contra si próprio. Temos de pensar nisso no ano que vem, quando seremos chamados para eleger nossos representantes. Eu sei que vão me dizer “mas eu não sei se o meu voto vai ser contado”. Pois é, essa é uma outra questão que ainda não está resolvida.
Conteúdo editado por: Marcio Antonio Campos




