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O ministro do STF Edson Fachin.
O ministro do STF Edson Fachin.| Foto: Rosinei Coutinho/SCO/STF

O ministro Edson Fachin, do STF, decidiu suspender alguns trechos de decretos do presidente da República para restringir o uso de armas no período eleitoral. Foi ele que restringiu, também, ações da polícia do Rio de Janeiro nos morros durante a pandemia – e deu no que deu, as favelas viraram refúgio de bandidos e facções criminosas do país inteiro.

Fachin disse que a medida tem o intuito de evitar violência política. “O risco de violência política torna de extrema urgência o provimento cautelar. A campanha exaspera o risco de violência”, foram as palavras dele. Pois a violência que vimos está completando quatro anos nesta terça-feira e não foi com arma de fogo, foi com faca. Aconteceu em Juiz de Fora (MG), pelas mãos de Adélio Bispo, que, desesperado por não acreditar nas pesquisas em que Jair Bolsonaro perdia para todos, e com um álibi na Câmara dos Deputados, tentou matar Bolsonaro. Eu não sei se Fachin é capaz de tirar todas as facas da campanha eleitoral.

O ministro também fala em “recentes e lamentáveis episódios de violência política” para justificar a decisão. O único episódio de que eu lembro foi uma briga de duas pessoas por causa do uso eleitoral de dependências de uma associação de funcionários da Itaipu. Não foi violência política nas ruas, não foi violência coletiva. Violência coletiva mesmo eu vi em Curitiba, quando arrancaram a bandeira nacional do mastro, pisaram em cima e tocaram fogo. Violência coletiva eu vi quando hordas correram pelas ruas de São Paulo, quebrando vitrines, botando fogo em lixo, destruindo paradas de ônibus. Não sei se o ministro Fachin pretende evitar isso e de que maneira.

Enfim, ele está fazendo isso porque supõe que vai haver violência política. Lembra aquele filme de ficção com Tom Cruise, Minority Report – A Nova Lei. A gente fica imaginando o que pode acontecer.

Depois de quase dez anos, o Museu do Ipiranga será reaberto

Quero registrar também que nesta terça-feira ocorre a reabertura do Museu do Ipiranga, que fica lá junto ao Monumento do Ipiranga, ao mausoléu onde estão os corpos de dom Pedro I e das duas imperatrizes, e onde ele proclamou a independência, por onde passa o Riacho Ipiranga.

O museu estava em reforma desde 2013 e está uma beleza agora, realmente muito bonito. A abertura será só para autoridades, no fim do dia; na quarta, dia 7, vai abrir para aqueles que trabalharam na recuperação, e suas famílias. À noite, fora do museu, haverá um grande espetáculo com projeções na fachada e a participação do maestro e pianista João Carlos Martins, um herói brasileiro. Para o público mesmo, só abre no dia 8 de setembro. Faz tanto tempo que visitei o Museu do Ipiranga que está na hora de ir de novo para ver como ficou a reforma.

Conteúdo editado por:Marcio Antonio Campos
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