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Presidente Jair Bolsonaro deu mais poder aos generais ao mudar comando da Casa Civil.
Presidente Jair Bolsonaro deu mais poder aos generais ao mudar comando da Casa Civil.| Foto: Marcos Corrêa/PR

Troca de ministério nesta quarta-feira (12). Onyx Lorenzoni, que estava perdendo poderes na Casa Civil, vai para o Ministério da Cidadania onde estava Osmar Terra.

Terra é um médico especialista em drogas, teve alguns desencontros com a Anvisa sobre a legalização da maconha medicinal, e outros desencontros com os ministros da Saúde e da Economia.

O ex-ministro é do MDB. Ele fazia uma excelente campanha antidrogas. Não sei se ele vai fazer agora campanha política no Rio Grande do Sul nesta eleição municipal ou se vai ocupar outro cargo público para representar o Brasil.

No lugar de Onyx vai o general quatro estrelas Braga Netto, ex-interventor federal no Rio de Janeiro, que trabalhou para conter a bandidagem no estado.

O general é um velho amigo do presidente Jair Bolsonaro, um homem da inteira confiança dele. Agora Bolsonaro está cercado de três amigos: generais Heleno, Ramos e Braga Netto, os três mosqueteiros trabalhando com o D'Artagnan.

Fundação Palmares

Uma mudança ordenada pelo Superior Tribunal de Justiça deixa uma lição. Juiz de primeira instância não pode entrar na competência do poder Executivo, como ocorreu na destituição do presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo.

O afastamento se deu porque Camargo disse que Zumbi dos Palmares tinha escravos e não era um herói de verdade. E que o racismo no Brasil não existe da forma que é colocada pelos militantes porque os militantes são de esquerda.

A Advocacia-Geral da União entrou com um recurso e o STJ disse que o juiz não tinha que se meter e que a decisão dele foi uma censura no mérito de uma questão que não era da alçada dele.

Por isso, Camargo volta para a presidência da Fundação Palmares. Ele vai ficar no cargo até que Regina Duarte assuma a Secretaria Especial de Cultura e decida quem vai ser o presidente na gestão dela.

Moro não leva desaforo

Convidaram o ministro Sergio Moro para participar de uma comissão na Câmara e falar sobre segurança, mas de novo teve um fiasco. Um deputado do Psol chamou Moro de "capanga de miliciano e da família Bolsonaro".

Moro respondeu alegando que o deputado não tem fatos e nem argumentos e sim ofensas. E acrescentou “o senhor é um desqualificado para o exercício desse cargo. Quem protegeu a milícia foi o seu partido”.

O ministro foi censurado pelo presidente da mesa e pediu desculpas. Mas a gente nota que cada vez que tem esses enfrentamentos, Moro sai mais temperado e com mais experiências para situações como essas.

Condenado pode viajar?

O ex-presidente Lula vai ao Vaticano nesta quinta-feira (13) e será recebido pelo papa Francisco. Ele está sendo acompanhado por três assessores pagos por nós, o que ele tem direito por lei como ex-presidente.

Eu não entendo como ele está indo viajar para o exterior sendo que ele foi condenado duas vezes em segunda instância e sendo réu mais seis vezes por corrupção.

Ao mesmo tempo eu fico pensando: tem sujeito que nunca foi condenado em Operação da Lava Jato e o juiz manda tirar o passaporte dele de cara. Ele não pode ir ao exterior, mas o ex-presidente pode.

Na Constituição está escrito, no artigo 5º, que todos são iguais perante a lei sem distinção de qualquer natureza. Está escrito, mas não é praticado pelos agentes do poder Judiciário encarregados de cumprir a lei.

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