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Presidente Jair Bolsonaro durante a motociata Acelera pra Jesus.
Presidente Jair Bolsonaro durante a motociata Acelera pra Jesus.| Foto: Alan Santos/PR

A passeata de motos em São Paulo, no último sábado, revela uma caraterística do atual presidente da República: a de não perder contato com a população. Ele tem saído de Brasília praticamente todas as semanas, para todos os cantos do país, em viagens de inauguração, inspeção, celebração, confraternização - enfim, por vários motivos, mas o principal é sentir o povo. Onde quer que vá, causa demonstrações. A de sábado foi uma reunião de motociclistas e motos como nunca se viu neste planeta.

A região mais visitada tem sido a do Nordeste. Esteve, há duas semanas, nos confins do noroeste brasileiro, na região da Cabeça do Cachorro, onde conviveu com brasileiros cujos ancestrais já estavam aqui quando Cabral chegou, e inaugurou uma ponte de madeira, recém refeita. Tem feito isso às quintas e sextas-feiras e alguns domingos ainda aproveita para visitar de moto a periferia de Brasília.

Outro dia escrevi aqui sobre os males de quem se isola na bolha de sua atividade e fica alienado do Brasil real. Não é o caso do presidente, que em campanha eleitoral percorreu o país inteiro. E depois de eleito, não se recolheu aos palácios da Alvorada e do Planalto. Continua percorrendo o país, sondando, ouvindo, aprendendo, sentindo. Costuma entrar no boteco, na padaria, na sinuca, pede licença para entrar nas residências - onde gosta de conferir o abastecimento da geladeira.

Aí se entende porque o porta-voz ficou ocioso e acabou tendo o cargo extinto. O presidente não tem intermediários. Nunca teve. Ganhou a eleição sem marqueteiro. E continua porta-voz de si próprio, se expressando e deixando seus recados nos encontros quase diários com as pessoas que vão esperá-lo à saída ou entrada do Palácio Alvorada, residência oficial. Sem demagogia e muito menos paternalismo. Contato direto, espontâneo, com todos, inclusive com essa multidão recordista de motociclistas que foi por conta própria. Por isso, seu gabinete no palácio não é ilha da fantasia. E o contato com o povo, sem intermediários, o imuniza dos áulicos de corte.

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