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Copa América não é e nem nunca foi uma questão para o STF. No Brasil, até o futebol chega à Suprema Corte.
Copa América não é e nem nunca foi uma questão para o STF. No Brasil, até o futebol chega à Suprema Corte.| Foto: /EFE

Os pedidos do PT, da Confederação dos Metalúrgicos e do PSB para barrar a realização da Copa América não foram aceitos pelo Supremo Tribunal Federal. É um absurdo essa situação. No Brasil, o futebol chega até a Suprema Corte.

Esse era um assunto para a CBF resolver e não o STF. Aliás, é uma ironia um partido e uma confederação nacional de trabalhadores ter contestado a realização do evento esportivo. Tem várias pessoas que vão trabalhar graças à Copa América.

O mesmo acontece com a Copa do Brasil. O senador Omar Aziz (PSD-AM) explanou há alguns dias que o campeonato permite que jogadores de times das séries B, C e D não passem fome. Eles precisam trabalhar, assim como o quitandeiro, o pipoqueiro, o dono do salão de beleza, do barzinho ou do mercadinho.

Além disso, é uma hipocrisia ser contra a Copa América se no último final de semana atletas brasileiros disputaram o Pan-Americano de Ginástica, a Copa Libertadores, o Campeonato Brasileiro e um campeonato de vôlei na Itália. Além disso, as Olimpíadas de Tóquio vão ser realizadas daqui a 40 dias e o Japão vacinou somente 3% da população.

Não faz sentido uma ação dessas contra a Copa América ser votada no STF, mas, enfim, o Supremo está aceitando tudo ultimamente.

Macarthismo na CPI da Covid

O STF concedeu um habeas corpus ao governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), para que não deponha na CPI da Covid. Para mim não faz sentido nenhum isso porque ele é o principal objeto da crise da falta de oxigênio em Manaus.

A ministra Rosa Weber determinou que o governador pode decidir se quer comparecer ou não na comissão. Claro que ele se recusou. Isso equivale a se recusar a soprar o bafômetro depois de beber. Ele não quer se incriminar porque sabe que se falar alguma coisa vai afundar.

Com isso, a CPI ficou com um tempo vago e decidiu votar a quebra de sigilo bancário, telemático e telefônico dos ex-ministros Eduardo Pazuello e Ernesto Araújo; do coronel Elcio Franco, o empresário Carlos Wizard, a médica Maya Pinheiro e de alguns secretários do Ministério da Saúde.

Como a maioria na CPI é a favor de uma inquisição, eles conseguiram aprovar. Mas eles não têm nada a ver com coisa nenhuma. São todas pessoas que estão se doando e tentando ajudar o Brasil.

O nome disso é Macarthismo, ou se preferir, expurgo soviético, ou revolução cultural chinesa. Essas quebras de sigilo são totalitárias e inquisitórias. Eu tenho certeza que toda essa gente não tem nada a esconder.

A CPI vai continuar com aquela cara de quem faz uma pergunta e recebe uma resposta, mas insiste na mesma pergunta porque não consegue a declaração que queria. Até o momento, os senadores não ouviram o que queriam dos depoentes.

Pandemia no Chile

O Chile virou modelo de vacinação na América do Sul porque metade da população adulta está vacinada e 75% da população já recebeu a primeira dose. A campanha lá foi exemplar.

Mesmo assim, o Chile determinou quarentena total na capital Santiago a partir de sábado (12) porque os hospitais ainda estão lotados e o número de casos está aumentando.

A maior parte da população chilena, 85%, recebeu Coronavac. Segundo os números oficiais do país, 40% dos internados não receberam as duas doses do imunizante. Não há dúvida que esse número é preocupante.

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