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Aeroporto Afonso Pena ficou de fora de pacote de concessões para 2015 (Foto: Brunno Covello/Gazeta do Povo)
Aeroporto Afonso Pena ficou de fora de pacote de concessões para 2015 (Foto: Brunno Covello/Gazeta do Povo)| Foto:
Aeroporto Afonso Pena ficou de fora de pacote de concessões para 2015 (Foto: Brunno Covello/Gazeta do Povo)

Aeroporto Afonso Pena ficou de fora de pacote de concessões para 2015 (Foto: Brunno Covello/Gazeta do Povo)

O ministro da Aviação Civil, Eliseu Padilha, confirmou nesta quarta-feira (29) que o aeroporto Afonso Pena ficou de fora do pacote de concessões para este ano. Ou seja, por mais um tempo o principal complexo aeroportuário do Paraná ficará sob a administração da Infraero. Longe de ser uma notícia boa.

Não que a iniciativa privada faça milagres, mas quando os aeroportos deixam as amarras da estatal, crescem. As coisas andam mais rápido. Simples assim. Guarulhos, Campinas e Brasília são os principais exemplos. Em pouco tempo, têm terminais novos, modernos e passam por reformas gerais. Confins e Galeão não tiveram tempo ainda de mostrar avanços, mas certamente será nesse caminho nos próximos anos.

No caso específico de Curitiba, a concessão é a maior, talvez a única, esperança de uma ampliação do sistema de pistas. Por isso a decepção momentânea com a notícia dada pelo ministro Eliseu Padilha.

Intervenções simples, como a extensão de pista de taxiamento até a principal cabeceira do aeroporto, não saem do papel de jeito nenhum. Ou uma saída rápida após o pouso para o pátio. Tudo esbarra na pesada máquina da Infraero. Se funciona assim com intervenções relativamente pequenas, imagina com obras robustas, como é o caso da terceira pista, uma quase lenda.

É verdade que a Infraero está ampliando o terminal de passageiros e a obra, enfim, parece estar em ritmo acelerado para ser entregue em 2016. Lembrando que era uma intervenção prevista para a Copa do Mundo de 2014.

O problema é que um terminal para 10,4 milhões de passageiros por ano é maior do que o sistema de pistas. Se a capacidade total for utilizada, não haverá espaço nas pistas para tantos pousos e decolagens. A conta não fecha.

A postergação da outorga do Afonso Pena me parece ter relação com a urgência em outros aeroportos brasileiros. Florianópolis, Salvador e Porto Alegre estão parados. A capital gaúcha tem uma obra que não sai do chão. Floripa precisa de ampliação urgente no terminal, da mesma forma que Salvador. Sem contar que a capital baiana é um destino com potencial financeiro muito bom para as empresas concessionárias.

Agora é esperar que em 2016 o Afonso Pena entre na rodada de concessões. Será um avanço importante tanto para passageiros como para as companhias aéreas. E, claro, para os projetos do governo federal na aviação, que usam o dinheiro dos leilões para investimentos no setor.

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