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Linha de produção do Boeing 737, que fabrica 42 exemplares por mês, vai ser capaz de montar 52 aviões em 2018 (Foto: Boeing / Divulgação)
Linha de produção do Boeing 737, que fabrica 42 exemplares por mês, vai ser capaz de montar 52 aviões em 2018 (Foto: Boeing / Divulgação)| Foto:

O alucinante ritmo de produção de um avião vai ficar ainda mais maluco nos próximos anos. Não bastassem os 42 exemplares do Boeing 737 que a fabricante norte-americana monta por mês, ela resolveu aumentar esse número para 47 em 2017 e para 52 em 2018. Ou seja, mais de 620 máquinas desse modelo sairão por ano da fábrica de Renton, no estado de Washington. É muita coisa.

Vale lembrar que não estamos falando de um carro. É uma aeronave, que tem seus 40 metros de comprimento, 36 metros de envergadura e outros 12,5 metros de altura (depende do modelo do 737). Pesam entre 36 e 44 toneladas. São repletos de circuitos eletrônicos, acabamentos, quilômetros de cabos. Enfim, é uma máquina extremamente complexa.

Esse acréscimo na fabricação tem muito a ver com os estudos da empresa de que a demanda por aeronaves de corredor único para os próximos 20 anos. Até 2033, a Boeing estima em 25 mil exemplares, em um valor de mercado de 2,56 trilhões de dólares.

“Por mais de uma década temos visto uma demanda constante pelo 737 e o aumento para 52 produzidos por mês reflete esse apetite por aviões como o 737 MAX e o Next-Generation 737 [versões do modelo]”, disse o vice-presidente de marketing da Boeing, Randy Tinsenth.

Linha de produção do Boeing 737 em Renton, Washington

Linha de produção do Boeing 737, que fabrica 42 exemplares por mês, vai ser capaz de montar 52 aviões em 2018 (Foto: Boeing / Divulgação)

A fabricante norte-americana tem na conta cerca de 9 mil encomendas para aviões Boeing 737 (versões MAX e Next-Generation juntas) e outras 4 mil opções de compra. Ou seja, para dar conta da demanda do mercado, a produção de 52 modelos por mês se justificaria.

O problema é que o mercado da aviação comercial tem seus ciclos. Ora está em alta, como ocorre neste momento, ora está em baixa. Depende muito das oscilações econômicas. Se uma crise aparecer ou o preço do combustível disparar, é provável que as companhias aéreas diminuam o ritmo das compras e das entregas. Assim, os 52 aviões produzidos por mês seriam apenas teóricos.

Outra situação a ser considerada é a dos fornecedores de peças para a montagem dos aviões. Eles terão de investir muito para dar conta de fabricar tudo o que a Boeing necessita. Aliás, a fabricante norte-americana vai precisar convencer toda a cadeia produtiva de que vale a pena essa alteração na dinâmica.

A Airbus, principal concorrente da Boeing, também planeja aumentar o ritmo de produção de seus modelos da família Airbus A320. Hoje, assim como a norte-americana, fabrica 42 exemplares por mês, mas estuda pular para 50.

Mesmo assim, os europeus veem essa mudança com alguma cautela. As próprias projeções da Airbus são menos otimistas. Para o mesmo período, prevê 22 mil aviões da faixa dos A320 e Boeing 737 para os próximos 20 anos. São 3 mil a menos que os projetados pela Boeing.

Veja abaixo um vídeo com o resumo da fabricação de um Boeing 737. Neste caso, um Boeing 737-800 para a alemã Air Berlin, em 2012.

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