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Redação do Jornal Gazeta do Povo, no bairro Tarumã, em Curitiba. (Foto: Jonathan Campos/Gazeta do Povo)
Redação do Jornal Gazeta do Povo, no bairro Tarumã, em Curitiba. (Foto: Jonathan Campos/Gazeta do Povo)| Foto:

Você já se perguntou onde estavam seus pais, avós ou bisavós há 100 anos? Como viviam, onde trabalhavam ou que tipo de renda conseguiam garantir a cada mês para seu sustento?

Assim como boa parte da população brasileira, as famílias da autora que lhes escreve estavam chegando ao Brasil no início do século 20. E, como se não bastassem as dificuldades inerentes a uma mudança radical de país, era fundamental a eles descobrir o que os brasileiros faziam para ganhar dinheiro nessas terras tão longínquas, afinal, ninguém pretendia abandonar a vida na Europa ou na Ásia para passar fome do outro lado do mundo.

O novo cenário contava com uma moeda diferente, opções de bancos escassas, burocracias mil e acesso à informação limitado. Bastante limitado. Quantos jornais existiam na época que esta Gazeta do Povo surgiu, cem anos atrás? E quem eram os brasileiros que tinham condições de ler as notícias diariamente?

Em um tempo em que guardar a poupança embaixo do colchão era questão de sobrevivência, como as pessoas faziam para se diferenciar e fazer seu dinheiro render mais?

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Ao longo do último século, mais do que uma expansão do sistema financeiro, presenciamos uma mudança profunda na maneira como nos relacionamos com dinheiro. A maior circulação de informações de toda sorte, incluída a financeira, tem sido essencial para a transformação da sociedade. A pluralidade de notícias tem ajudado cada vez mais as pessoas a tomarem decisões corretas com relação ao seu dinheiro. A própria máxima vinculando tempo a dinheiro já deveria ter sido alterada para a ideia de que tempo e informação são dinheiro. Privilegiados que conseguem ter acesso a conteúdos exclusivos com antecipação têm larga vantagem em relação aos demais.

Mas se no passado o problema era justamente a falta de meios de comunicação e outras alternativas de informação, hoje nos vemos inundados por notícias de todos os lados. Na TV, nos jornais, nas revistas e, mais do que nunca, na internet. De graça, aos montes e, infelizmente, muitas vezes sem confiabilidade.

Quantidade x Qualidade

As últimas eleições mostraram ao Brasil o peso que as redes sociais passaram a exercer em nossa sociedade. E nunca antes na história desse país o termo “Fake News” foi tão debatido e tão presente em um processo político.

Se há 100 anos o acesso a informação era privilégio de poucos, o sistema atual popularizou as notícias. Para o bem e para o mal.

Não basta dizer que, quanto mais vozes para difundir notícias, melhor. Não se trata apenas de quantidade, mas essencialmente de qualidade.

Atualmente somos todos leitores e vigilantes da informação, o que é fundamental para distinguir as “fake news” dos dados precisos.

No mercado financeiro, investidores podem cada vez mais competir em condições de igualdade, com um acesso mais amplo às informações que fazem “preço”.

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Por isso é que temos, cada vez mais, que distinguir o que é notícia do que é opinião. Não basta mais a um investidor assinar todos os jornais e ler o maior número de reportagens em um dia. Não é apenas essa rotina que o fará ganhar mais dinheiro.

Já usufruímos de um tempo de serviços gratuitos, com contas correntes, cartões de crédito e investimentos acessíveis a todos. O mundo financeiro está cada vez mais democrático em seu conteúdo, mas o trabalho do investidor aumentou.

É sua responsabilidade buscar informações certeiras que efetivamente lhe ajudem a ganhar dinheiro. Sem “conselho amigo” ou ajudinha do gerente do banco.

Que os próximos cem anos sejam recheados de informações de verdade, apuradas por profissionais zelosos e isentos de conflitos de interesse. E que a Gazeta do Povo siga em sua trilha de encaminhar o leitor para o rumo certeiro da notícia.

 

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