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O SOMBRIO TEMA DO ABORTO
| Foto: IMDB

“Never  Rarely Sometimes Always”, de Eliza Hittman foi recebido com muitos aplausos  nesta 70ª edição do Festival de Berlim desde a estreia e em todas as sessões onde foi mostrado.

O filme é um dos favoritos para ganhar o Urso de Ouro, cujo resultado  com os vencedores  será conhecido hoje (29.02) à noite em cerimônia de gala.

Estrelado por Sidney Flanigan, Talia Ryder, Thèodore Pellerin, Ryan Eggold e Sharon Van Etten – e vindo  do Sundance, onde ganhou um prêmio especial do júri pelo neorrealismo – o filme aborda o difícil tema do aborto, através da história de duas adolescentes na zona rural da Pensilvânia, que viajam para Nova York para procurar ajuda médica após uma gravidez indesejada.

A trama  foi inspirada por Savita Halappanavar, uma indiana que vive na Irlanda, a quem foi negado um aborto pela equipe do Hospital Universitário de Galway, alegando que a concessão do seu pedido seria ilegal pela lei irlandesa.

Isso resultou em sua morte por aborto séptico, que serviu de alerta para revogar a Oitava Emenda da Constituição da Irlanda, que proibia o aborto na maioria dos casos.

A morte de Hallappanavar levou à aprovação da Trigésima Sexta Emenda da Constituição, que revogou a Oitava Emenda e sancionou a Lei de Saúde (Regulamento de Encerramento da Gravidez) em 2018.

Hittman, na coletiva após a estreia do filme em Berlim, disse que ler sobre o caso de Halappanavar foi devastador.

“Fiquei muito triste e comecei a ler sobre a distância que as mulheres na Irlanda teriam que viajar se precisassem de um aborto e pensando sobre como seria essa jornada em outros países”, explicou  Hittman, sobre sua opção de  ampliar o tema.

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