As autoridades de Pequim estão à caça de cães de raças grandes. Uma reportagem no New York Times conta que policiais da capital chinesa apreendem os bichos baseados em uma norma que estabelece o tamanho máximo dos cachorros na cidade.
Por trás da atuação bizarra dos policiais chineses, há uma pequena mensagem para quem debate o direito dos animais: essa é uma questão política. O sequestro dos cães é reflexo de um regime autoritário, em que nem os direitos dos donos, nem o dos bichos, parece fazer diferença. Sim, o risco de um Estado grande e totalitário chega às questões que parecem mais privadas.
Temos aqui mais uma vantagem para a democracia: ela tem espaço para o direito dos animais (e seus donos, claros). Políticas bem elaboradas – microchipagem, responsabilização de quem abandona um animal, hospitais veterinários etc. – precisam de defensores. Quem não concorda, pode levar o cachorro para passear na China.
**O post foi uma colaboração de Guido Orgis, coordenador de Vida e Cidadania da Gazeta do Povo.
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