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Mil dias pelas Américas: chegando ao Ceará
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Falésias vermelhas e jangada em Canoa Quebrada.

Por: Ana Biselli e Rodrigo Junqueira

Esta semana chegamos ao Ceará, um dos principais destinos turísticos do nordeste brasileiro. Passamos pela outrora tranquila vila de pescadores de Canoa Quebrada, que hoje se transformou no segundo polo turístico do estado, rumamos para o interior para conhecer as montanhas e monólitos de Quixadá e voltamos ao litoral, para vivenciar a enorme e vibrante Fortaleza.


A lua e a estrela, famoso símbolo de Canoa Quebrada.

A pequena Canoa Quebrada não tinha mudado muito nos três séculos anteriores até que foi “descoberta” por hippies aventureiros que desbravavam essa parte do litoral brasileiro em meados da década de 70. Desde então, mais e mais turistas foram chegando nessa praia famosa por suas falésias avermelhadas e grandes dunas de areia branca. Por alguns anos, a vila ainda se manteve relativamente intacta, já que carros não chegavam até lá. A estrada ia apenas até um grande campo de dunas e então, era preciso atravessá-lo caminhando ou de charrete puxada por burros. Até meados da década de 80, a vila ainda era território apenas dos turistas mais aventureiros. E dos pescadores e jangadeiros, claro.
Foi quando a estrada chegou até lá. Primeiro de terra e depois, no início dos anos 90, o asfalto. Junto, chegou a energia elétrica. Nessa mesma época, turistas apaixonados pela vila, muitos deles estrangeiros, resolveram ficar por lá e abrir pousadas e restaurantes. Hoje, quase 20 anos depois, a cidade oferece dezenas de opções de pousadas e restaurantes e a acirrada competição criou, para felicidade dos turistas, um alto nível de acomodações e alimentação a preços bem razoáveis.


Maré baixa em Canoa Quebrada.

Resumindo, Canoa hoje é um destino para quem busca conforto e agito, e não a tranquilidade e isolamento de antigamente. Quando nós estivemos lá, tivemos a sorte de poder assistir a um grande show do Nando Reis, promoção do governo do estado para estimular o turismo no verão. As praias, dunas e paisagens continuam lindas. Mas recomendamos que se caminhe um pouco para longe do centro, onde se concentra o turismo de massa, música alta e uma certa “confusão”. Basta quinze minutos de caminhada para nos levar um pouco mais perto da Canoa de 30 anos atrás.


Açude do Cedro e rocha “Galinha Choca”, ao fundo, em Quixadá.

De Canoa saímos da rota tradicional dos turistas e rumamos para o interior. O objetivo era a cidade de Quixadá, paraíso de escaladores e praticantes de vôo de asa delta. Isso porque na região há dezenas de enormes rochas, grandes paredões de pedra que parecem brotar da planície sertaneja. Por falar em sertão, mais uma vez o encontramos verdinho, resultado da chuva que caía na região e fazia florescer a caatinga. O cenário visto do alto dos monólitos fica ainda mais lindo e exuberante. Uma das coisas a embelezar ainda mais a paisagem é o grande açude do Cedro, o mais antigo do país, mandado construir por D. Pedro II, em fins do séc. XIX. O açude fica ao lado da mais famosa rocha da região, a “Pedra da Galinha Choca”. Basta olhar para ela para se entender a razão do nome!
Finalmente, viemos para Fortaleza, passando no caminho pela bela Serra do Baturité. É uma região que lembra muito a área de Campos do Jordão, em SP, Visconde de Mauá, no RJ ou mesmo a Serra da Graciosa, aí no Paraná. É incrível imaginar que, no meio de toda aquela vegetação e umidade, estamos em pleno Ceará! Só faltou avistarmos uma araucária!


Rodrigo e Ana subindo a pedra “Galinha Choca”, em Quixibá.

Barragem do Cedro, mandada construir por Dom Pedro II.

Chegamos em Fortaleza junto com a chuva. Pois é, também chove por aqui. Mas isso não impediu que fôssemos ao show dos eternos Paralamas do Sucesso, mais um da promoção do estado para estimular o turismo no verão. O domingo também foi de muita chuva, o que nos fez ficar aqui por perto, na Praia de Iracema, onde se concentram a maioria dos hotéis. Na segunda, mais chuva, mas mesmo assim fizemos o mais famoso programa turístico do início da semana por aqui: a noite no Pirata! É um bar que só abre nas segundas e que, há mais de 20 anos vem atraindo turistas com seus shows e atrações e já se transformou numa verdadeira instituição na capital cearense. Vir à Fortaleza e não conhecer o Pirata é como ir à Roma e não ver o papa…


Ana no Bar do Pirata, na capital cearense.

Orla de Fortaleza.

Semana que vem, com a ajuda do sol, vamos passar mais uns dias em Fortaleza, visitar o famoso Beach Park e rumar para a mais famosa praia do oeste do Ceará, a idília Jericoacoara.

Acompanhe a viagem de Ana Biselli e Rodrigo Junqueira todas as quintas-feiras em nosso blog. Também acesse o site dos aventureiros: http://www.mildias.com.

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