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Borboletas, conectividade e a Livraria Cultura
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Claudio Wakahara/Divulgação
Pedro Herz, 69 anos: o diretor-presidente da Livraria Cultura conta que basta um convite para abrir uma loja em Curitiba. Convite, no caso, de um shopping center, como o Pátio Batel, por exemplo.

Tudo está conectado neste mundo, Planeta Terra, Via Láctea etc, não é mesmo? Há uma máxima que diz: quando se mata uma borboleta no Tibet, pode haver um terromoto na América etc. Será que isso realmente é sério?

A tragédia no Chile, de 8,8 graus na escala Richter, que ocorreu na madrugada do último sábado, pode ser um ponto para reflexão: qual a origem, real, fato comprovado, desses acontecimentos?

E as ameaças de tsunami? De repente, e foi devido a essa reação em cadeia, que a ilha Robinson Crusoé, onde cinco pessoas morreram, foi parar em manchetes e chamadas na imprensa, em todo mundo.

Mas a chamada deste post não é para tragédias, e sim para uma possibilidade muito interessante. Na semana que passou, tive a oportunidade, prazer e privilégio de conversar, por telefone, com Pedro Herz, o diretor-presidente da Livraria Cultura.

O resultado?

Uma matéria, publicada hoje, último dia de fevereiro, na página 3 do Caderno G. Já leu? Que tal?

Herz é um sujeito bastante civilizado. É empresário do setor que mais diz respeito a minha vida: ele vende livros. Muitos como eu, e não somos poucos, temos na Livraria Cultura, mais do que uma loja, uma espécie de templo. Ou refúgio. Conheço mais de 30 pessoas que, toda vez que viajam para São Paulo, passam obrigatoriamente pela loja da Cultura que fica na Avenida Paulista.

Eu sou um desses.

Na minha última estada em Porto Alegre, fiz questão de passar pela loja da Cultura que funciona por lá.

É um outro planeta.

Não é apenas uma livraria.

Mas o papo com Herz, mais do que apenas mencionar a loja, apontou para temas bacanas. Ele não acredita que o livro digital pega no Brasil: para ele, vai demorar umas duas décadas. Eu, sinceramente, não acredito no livro digital. Duvido. Creio que será mais um modismo, algo passageiro (da mesma forma que considero o audiolivro uma balela). E você, o que acha?

O livro de papel é a maior invenção, a mais brilhante, duradoura, e genial do ser humano. Somos civilizados porque lemos. O que você pensa disso?

Mas o melhor da conversa com Herz foi a explicação de por que a Cultura ainda não está em Curitiba: falta um convite.

Veja, isso é sério. Somente um convite e pronto, a Livraria Cultura pode abrir uma filial por aqui.

Interessante é que um novo shopping center está em andamento, construção. É o Pátio Batel.

Basta, agora, de repente, e por que não?, uma ponte entre o dono do empreendimento e Pedro Herz. Se houvesse esse encontro, e uma boa conversa, numa dessas, quem sabe?, Curitiba ganharia uma Cultura.

É preciso, necessário, salientar um fato: este post não é propaganda da Livraria Cultura. Não. A empresa é mais do que uma mera vendedora de livros. É um espaço onde se fomenta cultura e se disponibiliza cultura. É diferente.

Herz falou que os vendedores de livro da Cultura são leitores e, em alguns casos, escritores. Isso não é diferente?

Bom, de minha parte, dispenso vendedores de livros. Vou direto ao livro ou obra. Creio que o comércio de livros é outro mundo, diferente de tudo. O que mais me incomoda em qualquer livraria é um sujeito que chega, se apresenta e procura me vender algo. No meu caso, o efeito é a saída imediata da loja. Mas talvez muita gente goste de ser recebida por um bom vendedor, ainda mais se for um leitor e, veja isso, um escritor.

O que um sismo tem a ver com um tsunami e com a Livraria Cultura? (Pergunta que poderia ser o título deste post) Não sei. Aguardo o seu retorno, sobretudo, porque hoje não é sábado.

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