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Curtas da Flip
| Foto:
Walter Craveiro/Divulgação
O angolano valter hugo mãe lê trechos de seu “A Máquina de Fazer Espanhóis”.

São tantos painéis simultâneos que a impressão que se tem nesta Festa Literária Internacional de Paraty é de estar perdendo quase tudo. Mas os momentos que marcam um ou outro participante vão formando uma memória coletiva:

O autor policial James Ellroy, sem dúvida o mais reconhecido dos autores desta Flip, reiterou a jornalistas na tarde de sexta que não assiste tevê, não lê jornais e nunca, jamais usou um computador. Está tão confortável assim fora de sintonia que se diz capaz de mudar para Paraty. “Só preciso convencer minha namorada de que as escolas para a filha dela são tão boas quanto nos EUA.”

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Na manhã desta sexta-feira, o angolano valter hugo mãe (que escreve só com minúsculas) leu um texto escrito especialmente para seu painel. Falava de suas experiências com brasileiros na adolescência, de como conheceu as novelas e cantou Titãs e Renato Russo a plenos pulmões. Mais de uma vez, interrompeu a leitura, emocionado, e terminou chorando, sob forte aplauso, ao dizer que vinha ao Brasil como autor pela primeira vez graças à Flip, que o fazia se sentir um homem de ouro. Leia entrevista exclusiva com ele na edição do Caderno G deste sábado e o texto integral no próximo post.

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Na noite de quinta, o neurocientista cotado ao Prêmio Nobel Miguel Nicolelis apresentou o som de um cérebro de primata funcionando. Os jornalistas que não compram ingresso assistem a painéis como esse num monitor da sala de imprensa, que volta e meia solta chiados. Pois ao ouvir o tal barulho uma das espectadoras perguntou? “Será esse o som?” Então Nicolelis contou que seu filho define o áudio como “fazer pipoca escutando uma rádio AM mal sintonizada”. Não houve dúvidas. Aquele era mesmo o som de uma tempestade cerebral.

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