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Estádio Vila Capanema foi uma boa pedida
| Foto:
Daniel Castellano/Gazeta do Povo
O espaço das pistas foi mais que o suficiente para suportar o público – parte da pista 2, aliás, ficou até subutilizada.

O estádio Vila Capanema, onde o Pearl Jam tocou por cerca de duas horas e meia nesta quarta-feira, pareceu ser uma boa alternativa para grandes shows em Curitiba. O espaço das pistas 1 e 2 foi mais que o suficiente para suportar o público – parte da pista 2, aliás, ficou até subutilizada, e a reportagem não presenciou problemas de acesso ou formação de grandes filas, embora haja relatos de dificuldades para entrar no estádio durante o horário em que a maior parte do público chegou ao local (por volta das 20h30).

Houve alguma dificuldade de acesso à Vila Capanema. O trânsito nas vias que levavam à região piorou perto da hora de abertura dos portões, que já seria normalmente ruim por causa do pico de trânsito do fim da tarde. De acordo com o líder da equipe de fiscalização da Urbs, Adilton Menegari – que impedia que os motoristas estacionassem na região e coordenava a logística dos táxis –, a maioria dos fãs chegaram aos arredores dos portões do estádio a pé.

Já lá dentro, havia um número razoável de banheiros químicos, e a fila para usá-los andava com rapidez. Pontos de venda de comida e bebida também pareceram atender bem à demanda. O posto médico era bem visível e de fácil acesso. E o sistema de som e telões permitiram ver o show com qualidade até a certa distância – seja nas laterais ou, com menor qualidade, nas arquibancadas.

O local é o mais distante do palco. Com o agravante da acústica do estádio, o som perdia volume e nitidez. Mas não foi o que achou o jovem Marco Antônio Martins, que é auxiliar de farmácia. Fã do Pearl Jam há 15 anos, ele comprou o ingresso na arquibancada e diz ter achado o som melhor do que estava pensando. “A vista do palco também está boa, além dos telões” disse.

Juliane Bolson, que é dona de casa, contou que escolheu o ingresso da cadeira coberta (na lateral direita do palco) para se prevenir diante da imprevisibilidade do tempo curitibano. “No fim das contas, fez uma dia maravilhoso”, disse, antes mesmo de Eddie Vedder arriscar no palco, em português, que a noite seria “mais incrível ainda”. A fã afirmou estar admirada com a estrutura montada no estádio. “Estava com pé atrás, mas a qualidade está ótima.”

Quem também comprou nas cadeiras cobertas, mas bem mais próximo do palco, foi a analista comercial Hannah Georg. Ali, proximidade com os músicos significa ver o palco de lado. “Dá pra ver legal. Mas não dá pra ver o baterista”, disse Hannah, que veio de Florianópolis (SC) para o show.

A divisão entre plateias não foi tão rigorosa, pelo menos a julgar pela experiência de Marcelo Lozovey, de 32 anos. Com ingresso para a seção das arquibancadas, ele percebeu que não havia controle para a entrada na pista número 2, e foi para lá. De lá para a pista 1, bastou erguer o ingresso. “Eles não olharam o setor”, conta, explicando o “jeitinho” que ele e dois amigos deram para ver o show mais de perto. Como paranista, talvez ele se sinta dono do espaço. “Adoraria ver a Vila Capanema receber mais shows”, diz.

Quando as guitarras deram os primeiros acordes de “Black”, o público delirou e dois garotinhos passaram correndo com seus celulares para fazer um vídeo mais de perto. Logo veio uma mãe atrás, com a bronca: “não saiam de perto de mim!” A entrada é permitida a adolescentes de 12 e 13 anos, mas acompanhados.

Quem não viu só flores foi o policial militar Rodrigo Foltran, que assistiu o show da arquibancada. Ele disse que perdeu cerca de uma hora tentando entrar no estádio porque ninguém soube informar para qual portão deveria se dirigir. “Lá fora está uma zona. Tem um fluxo enorme de pessoas voltando porque estavam nas filas erradas”, contou. Ele acabou perdendo o show de abertura, com a banda X, e disse que poderia ter sido pior se tivesse ido ao estádio em cima da hora da apresentação principal. De fato, até o tempo para a entrevista para a Gazeta do Povo foi curto: o Pearl Jam entraria em instantes com a música “Go”.

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