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Não lembro bem quando comecei a acompanhar meu pai nas partidas de futebol com os amigos todas as terças e sextas à tarde, mas bem sei o quanto aquilo foi importante pra mim. Quando era criança, me restava procurar um campo livre na associação e, naquela brincadeira com meia dúzia de outros garotos da minha idade que estavam ali “presos” pelos pais, comecei a jogar futebol.

Anos depois, outro fato marcante me direcionou nas quatro linhas. Era primeiro dia na escola nova da 5ª série. No intervalo, ainda com poucos amigos, me arrisquei jogando na lateral. Cruzamentos errados, passes tortos. Eu não era bom, mas não tinha noção disso. “Vai pro gol!”, disse um menino da minha turma – aliás, somos amigos até hoje e sempre lembramos desse momento, aos risos.

E lá fui eu. Alguns lances depois, comecei a defender loucamente. Muitos dos lances, nem eu sabia como. Estava definido (pelo resto dos meus dias): eu seria goleiro. Meses depois, entrei oficialmente em uma escolinha de futebol e a brincadeira ficou séria. Nos finais de semana, havia jogos com outras escolas do esporte da capital e, acreditem, eu não aparecia. O motivo? Já participava de oficinas do projeto Repórter-Mirim da Gazetinha, aqui da Gazeta do Povo, e não gostava de faltar.

E lógico: o medo. Quando você é novinho, tem medo de até atravessar a rua, imagine encarar um bando de pessoas que você nunca viu, mesmo sendo apenas um jogo de futebol? Agora, eu dou risada de lembrar dos meus pensamentos insanos, mas era aquele medo infantil e sem graça. Diziam que eu era bom, e até que era de família, já que meu pai e meu irmão mais velho também eram craques com as luvas.

Hoje em dia, com a rotina dobrada – faculdade mais trabalho – e outros cursos à noite, me sobra pouco tempo para pensar em esportes. E vejo o quanto eles fazem falta: tentei correr recentemente na praia, e em menos de dois quilômetros estava suspirando sem parar. Se ando muito em um dia, a cãibra me aparece em horas inimagináveis da madrugada, dormindo. É triste!

Por isso, bato palmas para quem consegue encaixar academia em horários alternativos (tenho amigos que acordam às 5h pra isso) ou quem faz questão de correr no Parque Barigui pelo menos três vezes por semana. Só esperava ter essa capacidade. E o Dia do Goleiro, comemorado nesta sexta, me lembrou disso: que mesmo levando um “frango”, estar com o corpo em movimento faz bem. E faz falta, muita falta!

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