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Insegurança perturbadora
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Cristiano Sant´Anna/indicefoto.com
Mitnick: experiência de quem já esteve do outro lado do monitor.

Uma correspondência chega à sua casa. No remetente, um nome que remete à bandeira de cartão de crédito que você usa. Dentro do envelope, uma carta informa um problema na fatura. Pede contato urgente com o Call Center da empresa. Mão no telefone, número discado, a monótona e metálica voz da atendente virtual surge do outro lado. Pede o número do cartão de crédito. Você digita. O número da conta bancária. Você digita. A senha. Você digita. Parabéns, seus dados estão nas mãos de hackers.

A situação descrita acima é real. Aconteceu nos Estados Unidos com centenas de pessoas. Serviu de exemplo na palestra de Kevin Mitnick nesta terça, na Campus Party.

Mitnick é o que pode se chamar de hacker aposentado. Atuou em golpes eletrônicos entre os aos 80 e 90. Caçado pelos Estados Unidos, foi preso em 1995 e passou cinco anos na prisão. Regenerado, passou a prestar consultoria em segurança de informação.

Com a experiência de quem já esteve do outro lado do monitor, defende uma tese perturbadora: a inocência dos usuários é a maior aliada dos hackers. E comprova. Cita casos na Inglaterra, de piratas cibernéticos que conseguiram a senha de suas vítimas por meio de simples cadastros com data de nascimento e nome do animal de estimação. Apresenta programas capazes de rastrear arquivos em busca senhas. Mostra até como um inocente aquivo pdf pode tornar-se um poderoso fishing.

No fim, deixa todos com a certeza de que quanto mais estamos conectados, mais desprotegidos ficamos. Um desafio para o qual possivelmente nenhuma polícia no mundo está preparada.

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