Com tempo fechado, o segundo de prova começou às 5 da manhã, em São Sebastião-SP. Como incentivo, recebemos duas fotos autografadas por maratonistas de ponta: Vanderlei Cordeiro (já aposentado de competições oficiais) e Franck Caldeira. As fotos traziam o seguinte texto: “Tem corredor pensando que ainda faltam 407km. Eu prefiro achar que já foram 193km.”
Apesar da frase de otimismo, fui vetado das “pernadas” dessa sexta. Dores no joelho me impediram de cumprir os meus trechos (10km e 8km), por isso fiquei apenas no apoio à equipe de imprensa.
Pretendo correr no sábado, mas tudo depende da minha recuperação nas próximas horas.
O dia foi o mais cansativo, como já era previsto. Mais um dia inteiro dentro do carro de apoio, enquanto algum integrante(ou dois ao mesmo tempo) estão correndo.
Sem parar para almoçar. Com banheiros, na maioria das vezes, “naturais”. Um “Big Brother” em quatro rodas.
Teríamos de cumprir um percurso de 240 km em 17 horas. Lutamos, mas não conseguimos. Paramos com quase 15 horas de corrida. O problema foi que pegamos trechos de rodovia(acostamento à noite e pouca iluminação.
Em comum acordo com a organização da prova, optamos por abandonar restando 34 km para fechar o percurso previsto. Foi uma opção por questão de segurança. Mas estamos todos cansados. O fato é que chegamos ao hotel, na cidade de Angra, já no Rio de Janeiro, na carona do carro de apoio. O ponto positivo é que temos mais tempo de recuperação. O fato é que não fomos os últimos a chegar, para surpresa das demais equipes.
No entanto, os adversários também tiveram dificuldades. Uma participante chegou a passar mal em trecho de forte subida, e foi atendida prontamente e medicada. Recuperada, ela não pôde seguir na prova.
Na madrugada de sábado começa tudo novamente. Recomeçamos a prova às 4h30 da manhã. Serão mais 200km de muita luta e paciência.
As equipes de Curitiba, Belo Horizonte, Brasília seguem na briga pelo primeiro lugar. O resultado do dia ainda não foi divulgado pela organização.
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