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Sardinhas não dormem em camas
| Foto:
Hedeson Alves/Gazeta do Povo
Mesmo de casal, a cama fica pequena para mim

Na última quarta-feira à noite, a repórter Fernanda, o fotógrafo Jonathan e eu voltamos à Curitiba para nossa folga de Natal. Quando cheguei em casa, a primeira coisa que fiz foi tomar um banho bem gelado. Ainda não estou acostumado com o calor intenso do Litoral e precisava tirar a areia do corpo.

Só que o melhor mesmo não foi o banho em si. Pela primeira vez desde segunda-feira pude me lavar sem sentir dor nas costas ou bater a cabeça no chuveiro. Pois é. Não sou exatamente o tipo de pessoa que se encaixa na “média”. É claro que ter 2 metros de altura tem suas vantagens. Mas em um mundo projetado para os medianos, costumo sofrer bastante.

No hotel em que estamos no Litoral – simples, mas muito bom por sinal – adicionei algumas situações para a minha coleção de cenas bizarras. A do chuveiro não é privilégio apenas desta temporada. Porém, nunca havia me encaixado tão mal em uma cama. Literalmente, ao deitar, encosto meus pés na parede que fica no pé da cama. O jeito é repetir aquela velha e boa estratégia: dormir na diagonal. E não se esquecer de dobrar as pernas.

O carro da Gazeta é outro problema. Para mim e para quem senta no banco imediatamente atrás. Encostando a cabeça no teto, me sinto uma sardinha enlatada. O(A) sofredor(a) que vai na poltrona traseira sofre as consequências. Pelo menos os motoristas Robertinho e Altair são camaradas e evitam buracos.

As bicicletas que ganhamos para usar na cobertura do Verão também não foram feitas para gente do meu tamanho. Andei um pouco, fiquei feliz em relembrar minha infância (quando ainda cabia nelas), mas ganhei de presente uma insistente dor nas costas que até agora não me abandonou. Meu bumbum também sentiu as marcas do minúsculo selim. Nem as camisas que devemos usar neste verão vieram no meu tamanho. O tamanho G parecia um baby look. Sou que nem conexão de internet por celular: 3G.

Fazer a barba também foi torturante. Em pé, não conseguia ver o espelho, que refletia do meu pescoço para baixo. Da próxima vez, vou adotar a sugestão do fotógrafo Hedeson e aparar a barba sentado em uma cadeira.

Certamente meus colegas ainda vão rir muito às minhas custas nesta temporada. E eu entro na brincadeira e dou risada junto. Já estou acostumado. Mas tudo tem volta, hehehe! Também gosto de tirar um sarrinho. Todos têm um ponto fraco. Outro dia faço um post com as vantagens de se ter 2 metros de altura no Litoral.

Alguém aí também sofre para tomar banho ou bate a cabeça nas paredes toda hora?

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