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Wakeboard: juro que tentei
| Foto:
Jonathan Campos/Gazeta do Povo
Em pé na prancha: a pose fez a diferença.

“Não vamos sair daqui enquanto você não ficar em pé em cima da prancha.” Essa foi a primeira frase que ouvi ao pular do barco e começar a encaixar em meus pés a tal da prancha de wakeboard para completar a reportagem que está aqui no site e saiu hoje no caderno Verão.

Para ter uma idéia do amadorismo, meu conhecimento de wakeboard era até aquele momento igual ao meu conhecimento hoje sobre tricô e crochê: nulo. Sabia só que tinha que segurar na corda e ser arrastado mar afora. Mas topei o desafio. Afinal, tinha uma pequena multidão ali no barco esperando muito isso com aquele sorriso no canto da boca tipo “vamos ver o cara da Gazeta tomar uns caldos”.

Jonathan Campos/Gazeta do Povo
Manobra que não sei se existe. Caso ainda não exista, podem batizá-la com meu nome.

Com a prancha já encaixada recebi as primeiras instruções. “Cara, qual pé você coloca na frente quando anda de skate?”, perguntou Gustavo Andrade, nosso personagem-guia e, nesse momento instrutor. Pensei: “ufa, alguma relação com algo que eu conheço”. E disparei: “com o direito”. “Então na hora que o barco sair, jogue o pé direito na frente e não faça força, deixe que ele te levante”, disse ele. Na verdade nem tinha passado pela minha cabeça fazer força mesmo…

Depois de alguns segundos de espera na águas, em uma posição nada confortável, veio a voz do barco: “tá pronto?”. Fui marrento na resposta: “toda a vida”. Resultado: caldo. Fiquei cinco quilos mais pesado de tanta água que engoli. Naquele momento não ouvi, mas pude sentir o clima de risos que vinha do barco. E mais uma instrução: “não incline muito o corpo”.

“Pronto?”, veio a voz novamente. Dessa vez fui menos marrento. “Alguém tem um acompanhamento. Odeio beber de estômago vazio”, brinquei. E deu certo. Fiquei de pé e até deslizei por vários segundos, para surpresa de todos (inclusive a minha). E depois deslizei mais, e mais, e mais. No final, já me sentia um atleta (mesmo só no feijão com arroz).

Enfim, a brincadeira vale a pena. Um pouquinho de insistência e estar disposto a levar alguns tombos (bem doídos, diga-se de passagem) são os requisitos. Mas os méritos não são meus, e sim dos dois Gustavos (ambos “gente finíssima”) que toparam entrar na brincadeira e, de quebra, me dar uma aulas grátis. Um dia volto lá…

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