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Melhor, maior e mais belo
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Na infância, é comum que se fantasie ser a mais bela do mundo, o mais forte ou veloz. Eu mesma queria ter a mais encantadora voz de todos os tempos. A gente cresce, mas alguns não esquecem o desejo de superação: ser o mais isso, fazer mais daquilo. E não é pouca gente que se esforça ou, ao menos, se interessa pela assunto. Tanto que o Guinness Book está lá, firme e forte, no meio dos mais vendidos. Para saber mais sobre esse universo dos recordes batemos um papo com a Diana Baptista, representante do Guinness no Brasil. Confira e aproveite para comentar: afinal, são os recordes relevantes de alguma maneira?

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Como é ser uma representante do Guinness?
A sede do Guinness fica em Londres, mas tem escritórios com representantes em pelo menos 15 países. No Brasil, somos em duas pessoas que trabalham como orientadoras. Fazemos a ponte entre os brasileiros e a empresa, esclarecendo dúvidas, enviando documentos, agilizando processos e acompanhando eventos. Mas nós só enviamos as informações, eles dão a palavra final.
Como vê a procura do brasileiro pelo registro de recordes?
Eu não tenho noção de quantas pessoas ou eventos já vi e é impossível atender a todos os pedidos. Mas a procura também é algo que muda bastante. Às vezes tem muita gente em um mês, em outro mês só tem algumas solicitações, depende. Em novembro, quando temos o Guinness Day, que é o dia mundial da tentativa de quebra de recorde, temos muita gente.

E como é a distância entre aqueles que querem superar um recorde e os que realmente conseguem?
Ainda tem muita gente que não tem conhecimento sobre o funcionamento das homologações. Se eu quiser fazer o maior bolo, é preciso seguir os critérios, as especificações a serem seguidas e ter um dead line (prazo final). Se eu quiser quebrar um recorde de maior quantidade de bexigas enchidas em uma hora, não dá para simplesmente sair enchendo. Se tudo ocorreu de acordo com as especificações, o dossiê (com as fotos, testamentos e matérias publicadas pelos meios de comunicação) é enviado para Londres e eles vão rever tudo, verificar se o recorde foi batido e se o homologam ou não.

É comum aparecerem recordes oficiais bizarros, vocês também recebem propostas de recordes curiosos?
Sim, a pessoa pode tentar superar um recorde já existente ou criar uma nova categoria, que vai depender da aprovação do Guinness. Mas 95% das sugestões são rejeitadas, pois não são consideradas relevantes ou oferecem risco às pessoas.

Vocês também devem acompanhar pessoas que tentam a bastante tempo conseguir um recorde, o que leva essas pessoas a essa busca?
Acompanhamos um senhor que há três anos quer ser recordista de maior tempo andando em uma esteira de ginástica. Assim como ele, há muitas pessoas. Falando na motivação, com certeza a maior é o destaque recebido. Se for pessoa física, é interessante mostrar uma superação ou diferença física. Se é empresa, aí o objetivo é ter maior divulgação, como a Kellog’s, que tem o maior pote de cereal ou o grupo de Curitiba, que recentemente fez o maior pão do mundo. Ás vezes se tem retorno financeiro, como a russa que tem as pernas mais longas do mundo. Ela pode ganhar dinheiro com eventos, viagens e comerciais, pois é muito famosa.

O bizarro

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Algumas categorias malucas de novos recordes também foram citadas por Diana. Conversamos também com o pessoal do RankBrasil e descobrimos que o que há de mais absurdo, não está nos livros.

– Uma casa inteira e os móveis foram feitos usando piso falso;

– Foi montada uma agenda inteira com a maior quantidade de datas comemorativas do Brasil,‭ ‬contendo até mesmo os dias criados para as partes do corpo;

– De Santa Catarina sugeriram que fosse aberta a categoria de mais litros de cerveja ingeridos em 12 horas. Um leitor dizia tomar mais de 20 litros.

– Um “corajoso” leitor estava disposto a tentar engolir o maior número de ratos vivos. Ele dizia que já tinha treinado e que nunca havia pego doença alguma… (Argh!)


– Em São paulo, alguém com muita energia queria criar a categoria de maior número de horas dançando Madonna. Até sugeriu a música: Vogue.

– Quinhentas é o número de agulhas que um cearense diz conseguir enfiar no corpo. Não dá nem pra imaginar uma competição disso.

– Um policial levou um tiro nas áreas mais baixas e quis tirar proveito disso. Sugeriu a categoria “Vasectomia mais rápida”, já que ficou estéril depois do ocorrido.

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