Olá amigos,
Publico abaixo o texto da Graziela Spadari Perozzo sobre liderança circular. Vale a pena ler e refletir. Boa leitura a todos.
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“Uma velha/nova forma de agir nas relações de trabalho faz da Liderança Circular um modelo onde o indivíduo sente-se valorizado e através de técnicas é possível construir novos paradigmas de relacionamento e conseqüentemente obterem-se melhores resultados nos processos.
A Liderança Circular possui semelhanças conceituais incríveis com aquilo que temos de mais essencial em nosso ser, e passamos a observar que ela fala a nós através de idéias e valores como os que aprendemos de nossos pais na infância. Dentre eles citamos a ética, o respeito, o saber ouvir, o partilhar, a compaixão, o dar a mão, entre outros tantos que certamente permearam a infância da maioria.
Através de técnicas específicas e condução dentro de preceitos pinçados de antigas tradições e novas tecnologias sociais, as pessoas são incentivadas a quebrar paradigmas, enxergar oportunidades através de óticas criativas e inovadoras, fazer contato com o lado humano nas relações, visualizando o quanto agimos de forma artificial e pouco prazerosa em nosso ambiente de trabalho.
No contexto da Liderança Circular, é importante perceber que o desenvolvimento individual é fator determinante das macro relações sociais, entendendo que atitudes individuais geram conseqüências sempre, e por isso, mudanças de atitude se fazem necessárias.
Existem técnicas para se chegar com a equipe ao ponto de aplicar a Liderança Circular no dia-a-dia, dentre elas treinar as pessoas colocando-as em condições limite, como sentar o grupo em círculo, de preferência no chão, utilizando-se figuras de linguagem dos índios norte-americanos que significam apoio à fala do outro, bem como o chamado “bastão falador”, que confere à pessoa que o detém o poder da fala e aos outros coloca o dever de ouvir o que está sendo dito. Essas e outras técnicas nos fazem aprender a ouvir o outro, costume que perdemos e que é, certamente, um dos grandes problemas nas relações de todos os tipos.
Saber ouvir, compartilhar conhecimento, são bases para um trabalho em círculo.
Na Liderança Circular o poder acontece “através de alguém” e não é encarado como “pertencente a alguém”; os conflitos são encarados como aliados e os problemas como caminhos para a solução.
Dentro do contexto da Liderança Circular, as pessoas são incentivadas a resgatar sua conexão com a natureza, o seu poder pessoal e intuição, bem como a valorizar sua origem e Inteligência Espiritual (QS), trazida à luz pela escritora, física e filósofa norte-americana Danah Zohar.
Por Inteligência Espiritual (QS) entendemos uma terceira inteligência, diferente da Inteligência Intelectual (QI) e da Inteligência Emocional (QE). Ter um alto Quociente Espiritual (QS) significa ter grande capacidade de possuir uma vida mais cheia de sentido, com uma visão mais ampla do todo e daquilo que é necessário para atingir a felicidade.
Pessoas com alto QS têm maior capacidade criativa, maior adaptabilidade e aceitação das situações, encaram problemas como crescimento e por isso são mais equilibradas para resolvê-los. O QS está intimamente ligado à necessidade humana de ter um sentido na vida e norteia nossos valores e padrões éticos.
A Liderança Circular é a forma de liderar mais adequada às pessoas que possuem alto quociente espiritual, pois a socialização dos conhecimentos é base para que haja fluidez na condução de reuniões circulares e gradativamente aumenta a confiança do grupo entre si, gerando com isso maior entrega e comprometimento; bem como o acolhimento das diferenças como riquezas e matéria-prima para obterem-se melhores resultados finais.
“Em relações seguras, você pode confiar que não irão mentir para você e que você estará livre de explorações, onde o outro não se sentirá superior às suas custas, não trairá sua confiança ou invadirá seus limites.” Jean Shinoda Bolen, Ring of Power
No Espaço Anam Cara – Um Lugar Amigo da Alma, através de um trabalho que reúne diversas técnicas, conceitos e tecnologias sociais, agregados à experiência profissional de cerca de 20 anos em companhias multinacionais e empresas de pequeno porte, eu e meu sócio, Paulo César Ruchinski, treinamos empresas e grupos abertos em Liderança Circular e temos constatado na prática que essa forma de liderar traz resultados especialmente produtivos, dentre os quais podemos citar: maior conscientização do papel que cada um exerce no grupo, aumento do comprometimento da equipe, fomento da confiabilidade, melhoria nos relacionamentos, aumento da produtividade como conseqüência, maior pró-atividade e iniciativa, quebra de paradigmas/resistências a mudanças, equipes saudáveis.
Não existe um ponto que possamos definir como sendo o início do desenvolvimento da Liderança Circular. O que existem são momentos históricos onde encontramos as bases e conteúdos da mesma.
O Círculo na história dos povos esteve sempre presente em rituais, danças e tradições, sendo considerado como sagrado na maioria das vezes.
Os nativos norte-americanos possuem uma forma de reunião que empresta algumas ferramentas para o nosso modelo. Dentre elas, encontramos o bastão falador, as figuras de linguagem que representam apoio e incentivo aos integrantes do grupo, o respeito ao círculo considerando-o sagrado e o fato de que todos no círculo podem e devem se colocar e serão respeitados da mesma forma, independente do grau hierárquico na tribo.
O círculo iguala a todos de forma a não haver destaque de um em detrimento do outro, justamente pelo fato de que todos estão sentados eqüidistantes, sem pontas de mesas ou cadeiras de diretores.”
Referências
– O Milionésimo Círculo – Jean Shinoda Bolen – Ed. Triom
– O Despertar da Consciência Ecológica – Ken Keys Jr. – Ed. Pensamento
– QS: Inteligência Espiritual – Danah Zohar & Shane A. Marshall – Ed. Record
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Por: Graziela Spadari Perozzo
Espaço Anam Cara – Um Lugar Amigo da Alma
41 3029-2909
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