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Mais dolorosa do que a derrota do Paraná para o Icasa é ver mais uma lesão de Dinelson. Ainda não há um diagnóstico sobre quanto tempo ele precisará ficar fora para tratar o tornozelo esquerdo, mas a simples imagem do atacante mancando e com expressão de dor já é suficiente para trazer calafrios a quem vê – imagine, então, para o jogador, mesmo com uma contusão aparentemente muito menos grave que as sofridas nos joelhos.

Em poucas partidas Dinelson se tornou o principal jogador do Paraná. Menos pelo que fez, embora esteja jogando bem. Muito mais pelo que ele tem potencial de fazer. O time terá dificuldade para se virar sem ele.

O teste imediato, contra o Icasa, foi pouco animador. Também porque Macuglia errou ao colocar Giancarlo. Tirou a mobilidade do ataque exatamente no momento em que o Paraná deveria ter mais espaço para jogar em velocidade. O serviço foi completado pela defesa, bisonha no primeiro gol e mal posicionada por terceiro – e ainda fiquei com a impressão de que Luís Carlos poderia ter pego a falta cobrada por Júnior Xuxa.

Guilherme Macuglia tem duas semanas de trabalho, tempo curto demais para qualquer análise definitiva. A indicação é de uma parte final de Série B monótona, com uma alternância de derrotas e vitórias que mantenha o Paraná enraizado no meio da tabela. Pouco diante da expectativa criada nas primeiras rodadas, mas bom diante do cenário antes do início da Segundona.

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Dinelson se machucou apenas porque o gramado do Romeirão é horrível. Como horríveis são muitos outros gramados pelo Brasil. Jogadores de futebol, que dificilmente se mobilizam para algo útil, deveriam pensar um pouco na própria saúde e se posicionar duramente contra a falta dessa condição mínima de trabalho. O cenário é quase irreal, mas seria ótimo ver os jogadores se recusarem a atuar em gramados em que a bola não rola e onde é preciso correr desviando dos buracos.

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