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Rótulo genial criado pelo Allan Cunha, que eu encontrei no blog do Luiz Betenheuser. É de 2010. Old but gold.

Clássico sempre rende assunto para mais alguns dias e o Atletiba de Cinzas não é diferente. Ficaram alguns pontos em aberto que eu pretendia comentar ontem mesmo, mas a pauleira de fechamento não deixou tempo para escrever algo com o mínimo de sentido a respeito. Então, seguem as últimas do Atletiba e a partir do próximo post, voltamos ao ritmo normal do futebol paranaense.

Torcida única
Relendo o post anterior, senti falta de deixar um ponto mais claro. Como tenho escrito há semanas, sou totalmente contra clássicos de torcida única e a experiência de quarta-feira só reforçou esta ideia. Agora, se teve torcida única no mando do Atlético, tem que ter no mando do Coritiba. É o justo. E é o que está formalizado que irá acontecer.

Ontem à tarde, conversei com o Vilson Ribeiro de Andrade, presidente do Coritiba, e com o José Cid Campêlo Filho, vice do Conselho Deliberativo e diretor jurídico do Atlético. Ambos disseram que o acordo assinado pelos clubes, polícia, Federação e Ministério Público prevê os dois clássicos com torcida única (então, diferentemente do que escrevi, o Coritiba conseguiu, sim, costurar a torcida única para o Couto). Informação valiosa diante do que foi dito na manhã do jogo pelo procurador Ciro Expedito Scheraiber, de que não há uma posição formada sobre o clássico de 22 de abril. Há uma posição formalizada e assinada, inclusive pelo Ministério Público. E a concordância formal do MP naquele momento foi decisiva para que o acordo, abrangendo os dois jogos, existisse.

Acho ótimo o MP tomar parte de assuntos que extrapolem o futebol e afetem a sociedade, mas é preciso ajustar o tempo destas ações. Há anos é perigoso atravessar a BR-277 na frente do Barigui, mas o MP só foi fazer barulho depois da morte do torcedor do Atlético. Na sexta de Carnaval o MP se posicionou contra o Atletiba de torcida única, algo que vinha sendo falado há semanas, para dias depois concordar com a restrição. E quando essa concordância foi duramente criticada, o MP veio com a história de repensar a torcida única no Atletiba do returno, situação com a qual o Ministério Público já concordou.

Pênalti no Rafinha
Revi o lance várias vezes e confirmei a mesma impressão da hora do jogo: não foi pênalti. Rafinha já vem dobrando as pernas e, pelo ângulo da TV, o contato com Gustavo (sim, o contato existe) não é forte o suficiente para caracterizar falta. Então, para mim, pênalti não marcado em Bruno Mineiro, lance normal com Rafinha.

E já que estou falando do Héber, achei exagerada a expulsão do Jackson. Ou, no mínimo, incoerente. A falta cometida por Jackson foi idêntica ao lance de Pereira com Bruno Mineiro. Em uma, falta e segundo amarelo. Na outra, segue o jogo.

Osmar Antônio
Mauro Holzmann disse à Agência Estado na quarta-feira mesmo (só fui ler no dia seguinte) que Osmar Antônio teve o credenciamento vetado por ter feito campanha aberta a Diogo Fadel na eleição de dezembro, argumento prontamente rebatido pela direção da Banda B.

Enfim, suponhamos que tenha havido campanha. É errado. Jornalista não tem direito de tomar partido ou fazer campanha na cobertura de uma eleição, seja ela de clube ou a cargos públicos. E um veículo que vê um profissional seu fazer isso não pode ficar quieto. Mas isso não justifica negar credenciamento. Primeiro porque fere a legislação e esse argumento já deveria bastar. Segundo porque a partir do momento em que acabou a eleição, deixam de existir chapas e fica somente o Atlético, infinitamente maior que todos os personagens envolvidos. Logo, não dá para transformar bronca pessoal em bronca do clube.

No fim, é ruim para todo mundo. Volta a pairar sobre o Atlético a sombra da censura. Cria-se uma insegurança na imprensa – que de forma alguma pode virar motivo para mais briga pessoal. O Petraglia tem uma história imensa dentro do Atlético. O Osmar, com quem convivi quando eu cobria o Atlético na Gazeta e depois na CBN, sempre foi dos mais dedicados e bem informados setoristas, o que sempre lhe deu muito crédito com a torcida. A Banda B é uma das grandes rádios do estado. Espero que todo mundo tenha serenidade para resolver a questão sem privar o torcedor de ser bem informado sobre o clube.

Disputa pelo turno
Caiu no colo do Cianorte, mas sobre o Leão eu prefiro falar depois da rodada, em um post só, como o clube merece. Coritiba e Atlético, nessa ordem, tinham obrigação de vencer o turno e chegam à última rodada tendo de secar terceiros. Para o campeonato, contudo, será ótimo se o Cianorte vencer o turno. Será a garantia de que a dupla Atletiba estará ligada no returno e de que o Atletiba de 22 de abril será decisivo.

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