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Já manifestei várias vezes minha opinião sobre empresários. No geral, não gosto da figura. São os senhores de engenho da escravidão moderna em que se transformou o futebol. Definem o destino dos jogadores a seu próprio gosto, quase sempre tentando extrair o máximo de dinheiro de qualquer situação. Os jogadores, claro, também têm culpa. Preferem se submeter a isso a “esquentar a cabeça” tomando as próprias decisões.

Faço este preâmbulo para falar da transferência de El Morro Garcia para o Atlético. Entre o Furacão e o Nacional, tudo certo. O Atlético desembolsa US$ 2 milhões no ato por 50% dos direitos federativos e depois paga quatro parcelas semestrais de US$ 700 mil para adquirir a outra metade. Uma mais quatro sem juros, um belo negócio. E enquanto o Atlético não quitar o carnê de las Casas Baía, o Nacional fica sendo sócio em qualquer revenda.

Tudo acertado entre os clubes, foi chamado à mesa Daniel Fonseca, ex-atacante dos bons, lembro dele na Celeste, no Napoli e na Juventus, agora ele é empresário de El Morro. E o negócio empacou. Não porque Fonseca quer um salário ou valor maior de luvas para o seu jogador, o que seria digno e correto. Mas porque ele quer uma comissão graúda. E para arrancar isso argumenta com supostas ofertas do futebol europeu, que o Nacional insiste em ver no papel e Fonseca não mostra.

O Atlético lavou as mãos. Considera que concluiu sua parte na negociação ao definir os valores com o Nacional e que, se alguém deve pagar comissão, é o clube uruguaio. Neste exato momento, Fonseca e Nacional conversam em Montevidéu. As duas partes podem chegar a um acordo sobre a comissão e aí a questão passa a ser acertar o valor que o jogador efetivamente receberá. Também pode ser que Fonseca, enfim, ponha na mesa as ofertas da Europa e o Nacional diga o que acha delas. Ou a conversa pode simplesmente não sair do lugar.

Na primeira hipótese, Garcia será jogador do Atlético. Nas outras duas, o negócio está desfeito. O embarque de Alfredo Ibiapiana no Aeroporto de Carrasco, amanhã, é o prazo-limite estabelecido pelo Atlético para a negociação andar. Caso não avance até lá, já era.

O voo de Ibiapina faz uma escala em Buenos Aires. O dirigente aproveitará para conversar com um meia-atacante argentino, com quem os contatos começaram hoje e prosperaram. Não tenho informação de quem seja, da idade, de por onde passou, nem mesmo se é alguém que está atuando no futebol argentino.

E, claro, há o Martinuccio, com quem, como a Nadja Mauad tem dito desde domingo e eu reforcei por aqui anteontem, a negociação está complicada, pois há muita gente interessada e o jogador não aceita conversar enquanto não acabar a Libertadores.

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