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Algumas coisas que escrevi na semana passada sobre o Atlético valem para o Coritiba. É preciso voltar a vencer imediatamente para validar o discurso padrão de que o momento atual é apenas uma fase e o verdadeiro Coxa é aquele das 24 vitórias seguidas, não a equipe irregular vista a partir da perda de invencibilidade. Os jogos em casa, contra Ceará e Figueirense, são duas boas oportunidades para reagir e descolar da zona do rebaixamento.

Tenho lido e ouvido algumas justificativas para os tropeços do Coritiba. Marcelo Oliveira inclusive falou a respeito após o jogo contra o Cruzeiro. Reproduzo aqui essas explicações e comento.

Contusões em série
Certamente, o problema mais grave. O Coritiba decidiu a Copa do Brasil sem Pereira e Leandro Donizete, além de Marcos Aurélio no sacrifício, por causa de lesões musculares.

Acontece que este não será um problema exclusivo do Coritiba. Todos os times terão de conviver com desfalques por contusão ou cartão. O Coxa mesmo deve voltar a conviver com este problema. É preciso ter um elenco capaz de manter o nível das atuações mesmo com desfalques e aproveitar as partidas em que todos estiverem disponíveis.

Além disso, não me lembro de ter visto explicação da preparação física coxa-branca para tantas lesões simultâneas. Se alguém viu, por favor, menciona nos comentários que incluo no post. Pereira, Marcos Aurélio e Donizete machucaram em um curto espaço de tempo. Pode ser coincidência, mas também pode não ser.

Mudança de nível
O Marcelo Oliveira disse que o Coritiba sentiu a mudança de nível técnico do Estadual para o Nacional. Correto. Mas, quem não sentiu? Foi falado à exaustão que o nível técnico de todos os estaduais é baixo. Não dava para acreditar que o mesmo tipo de atuação do Paranaense serviria para sobrar no Brasileiro. É preciso jogar mais. E qualquer bom planejamento deveria ter sido feito para que o time atingisse o auge dentro do Brasileirão. Se essa variante não foi considerada, houve erro.

Trauma da Copa do Brasil
No primeiro jogo, contra o Botafogo, aceitável e normal que o Coritiba ainda sentisse os reflexos do vice-campeonato. Mas o tempo já passou e não dá mais para remoer a noite de 8 de junho. O Coxa deve olhar para a Copa do Brasil em busca do que deu certo, de bons exemplos para deslanchar no Brasileiro, e de erros que possam levar a alguma melhoria. Mas não dá para ficar pensando “e se tivéssemos sido campeões”. Chegou perto, não foi. A realidade é o Brasileiro e, nele, o Coxa precisa reagir imediatamente.

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Marcelo Oliveira anunciou a troca de Bill por Leonardo para o jogo de quinta-feira. Gosto da mudança. Leonardo é um atacante muito inteligente. Se desloca bem, serve os companheiros, faz gols. Tem o perfil ideal para deixar Marcos Aurélio em condições de aproveitar o seu bom chute.

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