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A terça-feira foi mesmo o dia do choror… ops, do desabafo. À tarde, antes de mesmo de Roberto Fonseca abrir a boca contra o que lhe incomodava, Renato Gaúcho exerceu o seu direito de atirar para todos os lados. Empresto a reprodução da entrevista da Gazeta do Povo impressa e comento logo abaixo.

Você teme punição do STJD pela expulsão no Atletiba?
Reclamei normalmente de um pênalti que ele não marcou, abri os braços, não o xinguei. Não costumo xingar ninguém. Se todo treinador abrir o braço na beira do campo [e for expulso], não vai ter mais treinador. Ele [Héber Roberto Lopes] pode ter colocado que atravessei o campo, tudo bem, mas por que me expulsou? Posso ter retardado o jogo, mas antes disso quem errou foi ele.

Você permaneceu até o fim da partida do estádio ou saiu antes?
Fiz todo o jogo do vestiário e quando terminou fui embora. O voo era 20h30, mas tinha antes o dever com o clube. Gostaria de falar para os críticos que sou muito inteligente. Se não peguei um voo mais tarde era porque não tinha. Se querem respeito, me respeitem. Quando vier uma crítica injusta, se metendo na minha vida, não vou ficar calado.

O gramado da Arena está ruim e com a chuva deve piorar. É mais um obstáculo hoje?
Realmente o gramado faz a diferença e não entendo porque desde que cheguei continua ruim. Estou pedindo para darem um jeito, porque dificulta o trabalho dos jogadores.

O departamento médico voltou a ficar cheio e as contratações não chegaram. Dificulta muito?
O grupo, quando cheguei, era esse. Além de todos os problemas que vocês não sabem – e nem da metade vocês sabem –, tem de dar graças a Deus que conseguimos 17 dos 33 pontos.

Quais problemas?
Resolvemos alguns, continuamos resolvendo outros. É muito fácil criticarem porque coloco fulano que não é da posição. Então, já que sabem tanto, podem descer ali e tentar fazer melhor. Se alguém acha que faz melhor, cedo o meu lugar.

*****

– Da expulsão, não tenho muito a acrescentar. Houve o lance normalíssimo entre Jéci e Mádson, Héber mandou seguir, Renato reclamou (testemunho em cima do lance da Nadja Mauad na transmissão do PFC), Héber expulsou. Não sei o que o Renato falou. Sei apenas que ele reclamou de um lance em que não houve nada, mas que lá do banco de reservas é possível ter a impressão de que existiu pênalti. Fica para o tribunal resolver;

– Não sei de onde pintou esse papo de o Renato ter ido embora do estádio com o jogo rolando ainda. É pouco crível que um treinador deixe o estádio no meio de um clássico;

– O gramado da Arena é, seguido de Engenhão e Arena do Jacaré, o pior da Série A. Absurdo que tenha chegado a esse ponto. Se o fechamento aqui da revista não for muito pegado, prometo trazer informações sobre o que aconteceu e o que será feito. Agora, duvido que o Atlético deixe a Arena a essa altura do campeonato para trocar o gramado. Deduzo que, infelizmente, será assim até o fim do ano;

– Já escrevi aqui que a insistência com Fransérgio é um claro recado do Renato para a diretoria clamando por um homem de área. A reclamação do treinador é legítimo, mas a forma como está sendo feita chega a ser infantil. Renato queima um jogador e sujeita o Atlético a jogar com dez. Há outros atacantes no elenco – nenhum de área – que podem fazer um papel melhor que um volante. Está ficando ridículo, outros treinadores já começaram a tirar casquinha (vide o Roberto Fonseca). Cabe à diretoria também uma solução rápida e ao Renato dar um tempo nesse mimimi de “quem critica que venha aqui fazer melhor, cedo meu lugar”. Fala sério!

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