• Carregando...

Recepção da torcida aos jogadores do Atlético, após o triunfo em Salvador

O 2 a 0 sobre o Vitória, sábado, pôs o Atlético novamente no G-4 e reforçou uma das marcas da gestão atual de Ricardo Drubscky. Em todas as 16 partidas com Drubscky no comando (estou excluindo a meteórica e desastrada passagem de duas partidas entre Carrasco e Jorginho) o Furacão balançou a rede. Foram 36 gols ao todo, média de 2,25 por partida. Supera os 2,13 do Criciúma, maior artilharia desta Série B.

É o óbvio do óbvio, mas um time que faz gol está sempe mais perto das vitórias. Como o Atlético conseguiu construir essa artilharia infalível é a chave para entender o salto da 11ª para a quarta posição em dois meses e meio.

1) O elenco melhorou
“Ah, vá!”, dirá o leitor. É uma explicação simplória, mas indispensável. Com a herança de Carrasco, Drubscky empatou por 0 a 0 com o Goiás, em Paranaguá, com Gabriel Marques e Héracles nas laterais; Renan Teixeira como segundo volante; Edigar e Fernandão no ataque. Do banco vieram Pablo, Ricardinho e Bruno Furlan. No retorno, contra o América-RN, compunham o espólio de Jorginho jogadores como Elias, João Paulo, Maranhão, Marcão, Felipe e Henrique. Marcelo e Deivid, hoje titulares absolutos, entraram durante a partida em Natal. Méritos para Jorginho, que montou um dos melhores elencos da Série B com o campeonato em andamento.

2) O elenco virou um time
Bom jogadores à mão nem sempre viram bons times. A diferença passa pelo treinador. Drubscky usou a estrutura tática idealizada por Jorginho (4-2-3-1) e permitiu que ela se encorpasse. Hoje, é automático o Atlético jogar com dois meias abertos, um armador central, dois volantes que saem para o jogo e uma peça fixa no ataque. A personalidade da equipe tornou-se capaz de superar a ausência de algumas peças.

3) A bola está sempre no pé
Com Carrasco e Jorginho, eram raros os jogos em que o Atlético tinha maior posse de bola. Manter a bola no pé virou prioridade com Drubscky — hoje, o Atlético é o time que mais troca passes na competição, 337 por partida. Conclusão automática, com a bola mais tempo no pé, o time chega mais ao gol inimigo.

4) Baier não é tudo…
A partida contra o Vitória é a lembrança mais recente de como o Atlético pode vencer sem seu maestro. Elias fez sua grande partida na Série B e conduziu o time ao triunfo. O clássico com o Paraná foi decidido antes de Baier entrar. Pedro Botelho e Marcelo tiveram papel decisivo com suas arrancadas (ambos) e gols (só Marcelo), o Atlético venceu todos os sete jogos em que Marcão fez gol. Em resumo, o Furacão tem caminhos para chegar os gols – e às vitórias – que independem de Paulo Baier.

5) … Mas ainda é fundamental
Sim, é possível fazer gols e vencer com Paulo Baier. Mas em algumas partidas, especialmente em casa, só foi possível vencer com ele. Com seus passes precisos, Paulo Baier é a chave das mais intrincadas retrancas e dos jogos mais complicados, especialmente em casa. Baier ganhou praticamente sozinho as partidas contra ASA, América Mineiro e Avaí.

6) Marcelo, o iluminado
Grandes campanhas invariavelmente têm um capítulo para jogadores que, do nada, explodem e se tornam fundamentais. Marcelo desempenha esse papel no Atlético de Drubscky. Os dois gols perdidos contra o Vitória, no primeiro turno, fizeram dele motivo de chacota nacional. A partir dali, foram sete jogos em branco, até iniciar uma estupenda sériea de 14 partidas com 10 gols. Marcelo é o artilheiro da era Drubscky e, somados os dois gols contra o Avaí, o artilheiro atleticano na Série B.

7) O Furacão voltou…
Voltar a jogar em Curitiba engordou a conta de gols do Atlético. A fase Vila Capanema + Caranguejão rendeu parcos nove gols em dez jogos. No Ecoestádio, o rendimento é de 16 bolas na rede em cinco partidas. Resultado direto do apoio da torcida (demonstrado, aliás, na recepção no Aeroporto Afonso Pena após a vitória no Barradão).

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]