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Tcheco e Paulo Baier, as peças centrais da dupla Atletiba em 2012: solução ou problema?

Coluna publicada na Gazeta do Povo Esportiva desta terça-feira

Em 2010, o Coritiba venceu a Série B com a espinha dorsal do time rebaixado no ano anterior – Édson Bastos, Pereira, Jéci, Leandro Donizete e Marcos Aurélio. Entre 2009 e 2011, o Atlético girou em torno de Paulo Baier – fugiu do rebaixamento no primeiro ano, arrancou para quase chegar à Libertadores no segundo e caiu no terceiro.

Neste ano, a dupla Atletiba apresenta uma inversão de papéis. O Atlético se desfez dos jogadores rebaixados que tinham contrato no fim, porém, muito mais por falta de comprador do que por opção, acabou mantendo aqueles com vínculo longo. Paulo Baier, Marcinho e Guerrón ficaram e rapidamente se tornaram indispensáveis para o time de Juan Ramón Carrasco.

Hoje, é difícil imaginar o Atlético terminando o ano de volta à Primeira Divisão sem os três. Tão difícil quanto imaginar que somente com eles o acesso será conquistado. Não há mal algum em ter três remanescentes do descenso como peças-chave da equipe. São bons jogadores, experientes e que podem tomar a volta por cima como um projeto pessoal, não apenas do clube. Mas será fundamental dar outras boas opções a Carrasco e ao time para levar esse projeto até o fim. Hoje, o Atlético não tem essas peças.

No Coritiba, a única certeza sobre o time em 2012 é que ele depende muito de Tcheco para funcionar. Começou com a bola rolando, na distribuição de jogo. Agora já é nas cobranças de falta e escanteio para explorar o avanço dos zagueiros, melhor arma ofensiva coxa-branca. É possível decidir jogos e até ganhar campeonatos de menor envergadura com bola parada. Mas ter somente essa arma é assumir que as ambições na Copa do Brasil, no Brasileiro e na Sul-Americana são pequenas. Os reforços são necessários e precisam ser certeiros.

Da mesma forma que o Atlético deve olhar para o Coritiba de 2010 e ver que a espinha dorsal rebaixada só virou um time de ponta na Série B porque foi bem reforçado, o Coritiba precisa olhar para o Atlético dos três últimos anos e ver que o rival só sonhou alto quando aliou ao seu “velhinho” da bola parada uma defesa sólida e um ataque veloz, que desperdiçava poucas chances. Pode ser uma olhada discreta, para não ferir o orgulho de ninguém. O que não pode é ignorar que o modelo do que fazer e do que não fazer na temporada está muito perto.

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