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Levar dois gols em dois minutos passa a impressão de que o Paraná perdeu para o Bragantino em um mero apagão, um momento de bobeira que o adversário aproveitou e construiu um resultado que não correspondia ao que acontecia em campo. Aconteceu com o Tricolor contra o Barueri, na Vila Capanema, com a diferença de que os dois gols que decidiram aquele jogo foram espaçados. Mas não aconteceu hoje, em Bragança Paulista.

O futebol paranista foi definhando aos poucos, até chegar a um ponto em que o Bragantino fazer um gol era questão de tempo. O primeiro gol saiu. O segundo, aí sim, teve seu quê de casualidade. Saiu enquanto o Paraná ainda tentava decifrar o 1 a 0. E o jogo acabou ali.

Poderia ter sido bem diferente. Até metade do primeiro tempo o Paraná era melhor. O 3-5-2 propiciou a Lisa e Lima serem dois pontos. Wellington era o arco que distribuía a bola para os dois alas. Giancarlo perdeu um gol incrível, da pequena área, com o goleiro batido.

Aí o Bragantino começou a marcar Wellington e acabou a brincadeira. O Paraná foi para o intervalo com um jogo equilibrado, tendo dificuldade para ameaçar Gilvan. E voltou dele irreconhecível, se defendendo precariamente até sofrer o inevitável primeiro gol. Levou o primeiro e o segundo. Acordou, ainda descontou com Lima, mas já era tarde para buscar o empate.

O Paraná tem um problema crônico na armação. Quando Wellington é bem marcado, o time trava. No máximo sobra a bola alta. Hoje, nem isso.

Depois do jogo, Aramis Tissot apressou-se em dizer que não é o caso de demitir Roberto Fonseca. Concordo. Roberto armou a toque de caixa um time capaz de brigar pelo acesso. O problema é que faltam variações que permitam a esse time funcionar quando o plano A falha. Roberto Fonseca tem uma parcela de responsabilidade nisso. Agora com a pressão de ter deixado o G4, consequência natural para quem fez apenas 5 dos 21 últimos pontos disputados.

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