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Vilson e Marcelo: ajustes necessários para recolocar o Coritiba nos eixos.

Há tempos eu não deixava o blog tão à deriva quanto nos últimos dez dias. Fui escalado para reforçar a cobertura do Coritiba na final da Copa do Brasil. Some-se a isso as atividades na 98 e de pai recente, mais essa estranha necessidade de dormir entre um dia e outro, sobrou para o Bola no Corpo. Desculpas a quem passou por aqui e deu com a cara na porta. O ritmo normal será retomado a partir de hoje. Vamos em frente…

E começo exatamente pelo Coritiba. Mais precisamente pela situação pós-jogo contra a Ponte Preta. Da final da Copa do Brasil eu trato no pé do post.

Ano passado, o Coritiba também demorou a entrar no Campeonato Brasileiro. Sò foi obter a primeira vitória pós-vice-campeonato da Copa do Brasil no quarto jogo posterior à decisão.

Há duas diferenças fundamentais: 1) Ano passado, quando o Coxa passou a se dedicar apenas ao Brasileirão, o torneio estava na quarta rodada; Agora a retomada ocorreu na nona; 2) O Coritiba de 2011 era mais forte que o de 2012. A combinação entre as duas diferenças indica que a reação desta vez será, provavelmente, mais demorada e mais difícil. Porém não impossível. A perda da Copa do Brasil e atuação medonha contra a Ponte passam uma ideia de terra arrasada. Não é o caso. Pequenos ajustes vão colocar o time nos eixos.

Marcelo Oliveira é o menos culpado. Ok, erra em alguns momentos cruciais, como escalar Jonas na final da Copa do Brasil (antes que a cornetagem comece, critiquei a escalação na 98 no momento em que ela foi anunciada). Mas o saldo do treinador é positivo. Tanto ano passado quanto neste, tirou do elenco mais do que ele poderia oferecer. E terá de fazer isso novamente, embora precise de reforços.

A urgência maior é no ataque. Marcel não deu certo e está machucado. Caio Vinícius foi emprestado ao Feirense. Alex é garoto. Keirrison é reforço para 2013. Leonardo será útil quando conseguir jogar, o que é pouco. A improvisação de Everton Costa no setor foi uma grande cartada tática, estabilizou o Coritiba, mas ainda falta alguém para fazer gol.

Marcelo Oliveira gostaria de ter trazido Kempes, que trabalhou com ele no Ipatinga e hoje atua no Japão. O nome foi descartado pela diretoria. Loco Abreu, então, já chegou a Marcelo Oliveira descartado. Muito dinheiro (R$ 260 mil/mês) para um jogador veterano (35 anos) por um contrato curto (um ano). Que não seja Kempes nem Loco Abreu, mas que seja outro, o Coritiba precisa investir nessa posição. Sabendo que terá de procurar muito e vai gastar mais do que o necessário, pois todo mundo está atrás de um centroavante.

O dinheiro pode vir da saída de outros jogadores do elenco. Rafinha interessa ao futebol chinês e ao Corinthians. O Internacional e o futebol alemão querem Emerson. Perder qualquer um dos dois seria terrível e exigiria reposição, mas talvez seja a única maneira de abrir espaço para o Coritiba trazer um bom centroavante sem arrebentar seu cofre.

Como escrevi no começo do campeonato, o Coritiba tem um elenco para ficar na zona morta do Brasileiro. Se descuidar, escorrega para a briga contra o rebaixamento. Melhor corrigir agora, que ainda há tempo, antes da entrar em uma espiral de desespero que obrigue o clube a gastar demais para evitar o prejuízo maior de jogar a Série B em 2013.

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Sobre a final da Copa do Brasil. Teve o primeiro jogo nas mãos por mérito próprio. Encurralou o Palmeiras, criou chances de gol e perdeu por não ter bons finalizadores. O juiz atrapalhou muito, mas a ação do árbitro não pode ser dissociada dos erros do time.

No Couto, o Palmeiras foi melhor. Marcou bem os meias do Coritiba e não se envergonhou de dar chutão. O Coxa, por sua vez, só foi acertar o primeiro chute no gol aos 16 do segundo tempo, com Ayrton. O time precisava de dois gols e só foi acertar o alvo pela primeira vez com mais de uma hora de futebol. Difícil esperar melhor sorte.

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