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O meia Renan Oliveira entrou no segundo tempo e marcou duas vezes na goleada alviverde sobre o Iraty

A monotonia é sinal de que as coisas vão bem para Coritiba e Atlético no Paranaense. Enquanto eles estiverem vencendo, é porque estão justificando a enorme vantagem técnica, financeira e de estrutura sobre os pequenos. Assim, quando o Coxa, atual bicampeão e favorito ao tri, recebe o Iraty, time B da SM Sports e com participação no campeonato incerta até poucos dias antes da estreia, o que se espera é uma goleada. Portanto, o 5 a 1 de hoje, no Couto Pereira, é normal, monótono e permite olhar para aspectos que extrapolem o simples 11 contra 11. Como, por exemplo, experimentar outras opções para o elenco.

Marcelo Oliveira testou desde o começo o time com apenas um volante marcador, Willian. Com Tcheco, exatamente como havia acontecido durante a partida diante do Corinthians Paranaense, o time melhorou muito a transição da defesa para o ataque. Na coletiva o treinador justificou a “ousadia” pela esperada retranca do Iraty. Simples assim. Marcelo deu quilometragem à dupla Demerson e Emerson, começou a reinserir Jonas na realidade coxa-branca. Enfim, transformou um jogo fácil em um bem-sucedido campo de testes.

Nenhum outro jogador aproveitou melhor este campo de testes do que Renan Oliveira. Em alguns aspectos, Renan Oliveira me lembra o Ricardinho, lateral-esquerdo do Coritiba em quem muito se apostava, que seria o sucessor do Adriano etc. Após alguns anos sem emplacar, Ricardinho foi emprestado para o Galo, jogou muito bem, voltou ao Coritiba, fez um bom ano no Alto da Glória- e então foi embora para a Suécia, aproveitando que seu contrato estava no fim.

É provável que o Atlético Mineiro tenha emprestado Renan Oliveira esperando o mesmo. Cansado de vê-lo não emplacar, cedeu a outro clube, torcendo para receber depois de um ano um jogador bem melhor. Falhou no Vitória, mas o Coritiba começa a dar sinais de que pode ser uma rehab mais eficiente para o (ainda) foguete molhado alvinegro.

Renan já havia entrado bem contra Toledo e Corinthians-PR. Neste sábado esteve em campo por apenas 27 minutos. Fez dois gols, novamente jogou melhor que Davi (hoje bem, também com dois gols) e acordou um Coritiba que já havia entrado em modo de espera.

Somados os três jogos, Renan Oliveira esteve em campo por pouco mais de 60 minutos. Impossível dizer se ele realmente será alguém capaz de sempre sair do banco e mudar um jogo ou até mesmo virar titular. Primeiro, ele precisa repetir o que fez em 27 minutos ao longo de 90 minutos. Depois fazer o mesmo por uma série de jogos. E manter o bom desempenho em uma série de jogos temperada por duelos mais difíceis. São três coisas que ele nunca fez no Atlético Mineiro.

Até agora, a carreira de Renan Oliveira é marcada pela monotonia. Não a monotonia boa mencionada no início deste texto, quebrada só pela pedreira de um clássico. Mas aquela monotonia que tira o torcedor do sério. Ainda é cedo para o camisa 16 alviverde receber alta da rehab.

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No fim da semana passada, escrevi sobre o eventual uso de Lucas Mendes como zagueiro durante o ano. Esqueçam. Lucas definitivamente virou lateral. Após o jogo, Marcelo Oliveira falou do trabalho feito durante a pré-temporada para que Lucas subisse mais ao ataque e arriscasse mais cruzamentos, como um lateral. Hoje foi o segundo jogo consecutivo em que o Coritiba fez um gol com cruzamento de Lucas. Méritos do jogador e do treinador.

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