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O gol de Paulo Vecchio, no mais célebre Atletiba já disputado na Vila Capanema, o que decidiu o Paranaense de 1968

Passei o Carnaval em Curitiba, o que significa pouco tempo para blog (a agenda na cidade sempre é corrida, com muita gente para ver e pouco tempo, então aproveito para pedir aqui desculpas a todos os meus amigos que levaram um cano meu no feriadão; foi mal, moçada). De volta a São Paulo, voltamos ao ritmo normal da atividade jornalística. E amanhã tem o Atletiba de Cinzas. Há semanas tenho escrito sobre ele, então sempre acho que já falei tudo. Mas vejo que não. Então, resumi a cinco perguntas – e respostas – as últimas projeções para o clássico. Agora, é ver o que a bola rolando nos reserva.

Torcida única é garantia de um clássico pacífico? Não. E fiquei preocupado com a informação de que a PM reduziria o efetivo caso fosse confirmada torcida única. A redução se justifica no estádio, mas não pela cidade. Haverá deslocamento de torcedores do Coritiba para assistir ao jogo nos bairros e na sede da IAV, próxima ao Couto Pereira. As brigas em dia de clássico costumam ser nos terminais de ônibus e afrouxar o policiamento nessas regiões (ainda mais em dia útil) é pedir para dar confusão. Portanto, atenção aos terminais do Pinheirinho, Sítio Cercado, Santa Cândida, Hauer, às estações-tubo do Círculo Militar e da Praça Eufrásio Correia. E mesmo no estádio há motivos para preocupação, vide o histórico de brigas entre Fanáticos e Ultras. Por sinal: o que a Polícia, o Atlético e o Ministério Público estão esperando acontecer para intervir na briga de gangues protagonizada pelas facções?

Dava para não colocar Héber Roberto Lopes no sorteio? Sim e não. Sim porque em um clássico já tão inflamado, colocar a bolinha do sortudo Héber na cumbuca é jogar mais gasolina no incêndio, diante da restrição antiga que o Atlético tem a ele. Não porque – com Evandro Roman mais dedicado à Secretaria de Esportes do que à arbitragem – Héber é o único árbitro do estado com cacife para apitar um Atletiba. Qualquer outro que saísse seria brincar de roleta-russa com o clássico. E árbitro de fora? Resolve a curto prazo, mas ainda assim continuamos com um quadro de arbitragem incapaz de dar conta do jogo mais importante do estado.

Urso ou Tcheco? Caio Vinícius ou Marcel? Ao que tudo indica, Urso e Caio Vinícius. Marcelo Oliveira está convencido de que pode fazer de Júnior Urso volante, exatamente como transformou Lucas Mendes em lateral. Com dois volantes, o Coritiba ganha poder de marcação e deve roubar mais bolas. Caio Vinícius jogou bem no domingo e Marcelo já reafirmou que não gosta muito de mexer no time. Acho que a experiência de Marcel justificaria queimar mais um cartucho com ele.

Como o Atlético pode ganhar o jogo? Pressão em Willian e, principalmente, Júnior Urso. É a chance de quebrar o passe do Coritiba e recuperar a bola – inclusive com a defesa alviverde aberta. Ricardinho também será fundamental. Aberto pela esquerda, terá a função de atrapalhar a saída de bola de Jackson (com Urso e Willian em campo, todas as jogadas começam com o camisa 2) e de explorar a deficiente marcação na diagonal direita da defesa coxa-branca. O Arapongas fez um gol por ali, o Operário também.

Como o Coritiba pode ganhar o jogo? Em cima de Pablo, confirmado na lateral direita. Contra adversários mais fracos, o atacante improvisado teve dificuldade na marcação. Amanhã, Marcelo Oliveira tem a chance de colocar Rafinha aberto para atacar por ali, um prato cheio. Outro casamento entre fragilidade do Atlético-virtude do Coritiba: bola alta. Rodolfo hesita muito para sair do gol e a dupla de zaga tem tido problemas para marcar o jogo aéreo dos adversários. E o Coxa tem Emerson, Pereira, Jackson e Marcel ou Caio Vinícius como bons cabeceadores.

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