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Pergunto diretamente ao torcedor coxa-branca: Você aceitaria Ariel de volta? Não é provocação nem teoria maluca, mas uma possibilidade real e próxima. No início de agosto o Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região dá o parecer final sobre a ação do Coritiba contra o jogador. Um voto já foi dado, favorável ao clube. Restam dois. Se o Coxa for vencedor, há dois caminhos: Ariel paga uma indenização de R$ 4 milhões por quebra de contrato ou se reapresenta no Alto da Glória.

Cabe recurso, mas é pouco provável que Ariel leve adiante. O próprio jogador, segundo Vilson Ribeiro de Andrade, teria se arrependido da ação. Mas o principal motivo é que esse tipo de ação não costuma subir para o Supremo.

Gosto do Ariel. É grosso, perde gols incríveis, consegue cabecear mal mesmo tendo quase 1,90 m, levanta a torcida muito mais pelos seus carrinhos na lateral do que por aquilo que faz com a bola nos pés. Mas Ariel teve números interessantes no Coritiba, 31 gols em 85 jogos. E apareceu bem em jogos importantes. Fez vários gols em clássico, marcou contra o Inter na Copa do Brasil. Enfim, não foge do pau. É um jogador útil.

Errou com o Coritiba? Errou. Foi imaturo, como muitos de nós somos aos 22 anos. Mesmo tendo jogado com dedicação extrema até a última partida – algo que Marlos não fez – e aproveitando uma brecha contratual defensável, devia mais consideração ao clube.

Talvez o Coritiba nem precise dele. Leonardo e Bill são bons jogadores e dá para confiar que essa diretoria saberia como investir os R$ 4 milhões da indenização – em outros tempos, dinheiro na mão era certeza de vendaval no Alto da Glória. Mas não dá para descartar um bom reforço como Ariel. Nem deixar de levar em consideração que, se o seu arrependimento for verdadeiro, ele voltaria ao Alto da Glória disposto a comer grama pelo perdão da torcida.

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Havia uma outra ação relativa à saída de Ariel do Coritiba. Nela, o Coxa foi à Fifa cobrar do jogador, do Unión San Felipe (clube de aluguel do Chile que intermediou sua saída) e do Racing Santander (seu destino na Espanha) uma indenização de US$ 4 milhões. A Fifa arquivou o processo.

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Para quem não entendeu… Mencionei a “alma guerreira” do Fluminense no post de sábado de forma irônica, simplesmente por achar uma babaquice e uma supervalorização essa história de time de guerreiros do Fluminense, uma das grandes falácias do futebol brasileiro recente. E, sim, sei muito bem que o Coritiba é o time da alma guerreira. Tanto sei que foi essa a manchete que pus na capa da Gazeta do Povo Esportiva de 27 de abril de 2009, um dia depois de o Coritiba fazer 4 a 2 no Atlético, dentro da Arena, impedindo o rival de ser campeão paranaense e encerrando um jejum de oito anos sem vencer na Baixada.

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