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A marca de 3 bilhões de músicas vendidas foi atingida hoje pela iTunes Music Store. Desde o seu surgimento, em abril de 2003, a loja virtual da Apple tem provado que a internet não veio para matar a indústria cultural, afinal existem, sim, internautas interessados em pagar pela música que ouvem. Mas as gravadoras do Brasil, infelizmente, parecem não ter entendido o recado.

A iTunes Store não funciona no Brasil. Era de se esperar que os portais daqui preenchessem esse nicho. O problema é que eles fizeram o serviço pela metade. Uma única canção via UOL Megastore custa entre R$ 1,80 e R$ 2,50, mesmo preço encontrado no Sonora, o site de música do portal Terra. O iMusica, mais completo que seus concorrentes, possui um acervo de aproximadamente 600 mil canções. Resumindo: muito pouca opção a um preço exorbitante. R$ 2,50 por uma música em formato de arquivo digital, sem encarte, sem letra, sem nada?!? Sinto informar aos executivos, mas os brasileiros continuarão buscando as novidades no mercado negro da rede, leia-se redes P2P (como LimeWire, eMule e Kazaa).

Não que isso não ocorra nos Estados Unidos. Pelo contrário, universitários norte-americanos são os maiores abastecedores dos programas de compartilhamento de arquivos, mas lá a indústria está descobrindo que por trás de cada download ilegal e descompromissado há um fã de música e potencial usuário do iTunes. Existem ações judiciais desastradas contra os usuários de P2P, é verdade, mas também existem 5 milhões de canções sendo comercializadas a US$ 0,99 (que, levando-se em conta o poder aquisitivo dos americanos, equivale a R$ 0,99), 100 mil podcasts gratuitos, séries televisivas (US$ 1,99 por episódio) e filmes (entre US$ 10 e US$ 15). E isso faz a diferença…

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