O vereador Paulo Salamuni bateu no peito durante as manifestações de junho. Disse que ele tinha ajudado a baixar o preço da passagem de ônibus da capital. Isso por ter cortado gastos e cargos da Câmara. Queria aplausos.
Nesta semana, a Cãmara deu uma demonstração de quanto está preocupada em manter os gastos em baixa. Ao saber da Conferência Estadual das Cidades em Foz do Iguaçu, Salamuni mandou não um, mas dez representantes do Legislativo municipal.
Isso mesmo: dez. É um número maior do que a composição da maior parte das câmaras do interior. Isso tudo, claro, com diárias e passagens pagas por nós. Para cada integrante, a diária é de R$ 180. Ou seja: R$ 1,8 mil por dia. Foram três dias de evento. Fora gastos com deslocamento para Foz.
Parece picuinha, mas não é. É de pouco em pouco que se economiza. E a Câmara tem sido pródiga em gastar com passeios de seus vereadores. A Copa é o pretexto principal. Paulo Rink e Pedro Paulo receberam R$ 1,9 mil em diárias cada para ir a Londres em março. Paulo Rink gastou mais R$ 2,6 mil em diárias mês passado para ir a Berlim.
É dinheiro miúdo? Vá somando. E responda à seguinte pergunta: o que um vereador precisa fazer em Berlim como preparativo para a Copa que acontecerá no Brasil? Aliás, por que um vereador precisa viajar para se preparar para a Copa?
Desperdício, mesmo pequeno, tem de ser cobrado.
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