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O editorial do New York Times de ontem defende que não se pode fazer eleição eletrônica sem que o voto tenha uma ver~so em papel.

Traduzo aqui, na medida em que meu inglês permite, um texto que considero fundamental para nosso país também.

“Máquinas de votação eletrônicas que não emitem um registro em papel de cada voto depositado não podem ser confiadas. Em 2008, mais de um terço dos estados, incluindo Nova Jérsei e Texas, ainda não exigiam que todos os votos fossem registrados em papel.

O deputado federal Rush Holt apresentou um bom projeto de lei que baniria o voto eletrônico sem impressão em todas as eleições federais. O Congresso deveria aprová-lo enquanto ainda há tempo para deixar tudo pronto para 2010.

Em votações eletrônicas sem papel, os eleitores marcam suas escolhas, e quando todos os votos foram depositados, a máquina emite os resultados. Não há modo de saber se um erro ou um roubo intencional de votos – feito por meio de software malicioso ou hackeamento de computadores – não mudou os resultados. Se o resultado da eleição for apertado, também não existe maneira de fazer uma recontagem significativa.

O projeto do senhor Holt exigiria cédulas de papel para ser usadas em cada voto dado em novembro de 2010. Isso auxiliaria as autoridades eleitorais a obter o melhor das tecnologias disponíveis: votação com escaneamento ótico.

Com escaners opticos, os eleitores preencheriam uma cédula em papel que então seria lida por um computador – muito parecido com um teste padrão. Os votos são contados rapidamente e eficientemente por computador, mas a cédula de papel continua sendo o voto oficial, que pode ser recontado manualmente.

O projeto também exige que os estados recontem manualmente os votos em papel em 3% das urnas em eleições federais, e um número maior em eleições muito apertadas. Essas auditorias de rotina são uma checagem importante da precisão da contagem do computador.

O projeto tem várias previsões feitas para facilitar a transição em estados com orçamento curto. Ele autoriza financiamentos de US$ 1 bilhão para suibstituir sistemas de votação que não atendam as exigências e mais dinheiro para bancar as auditorias. Também autoriza os estados a manter por mais tempo as máquinas estilo “caixa eletrônico”, nas quais o eleitor faz as suas escolhas em uma tela de computador e a máquina emite um registro em papel – como um recibo – do voto.

Essas máquinas são mais confiáveis que votação sem papel. Mas elas ainda não são ideais, já que os eleitores não checam sempre o registro em papel para ter certeza de sua precisão. Até 2014, as máquinas que produzem registro em papel teriam de ser trocadas por aquelas em que o eleitor vota diretamente em papel – o melhor sistema de todos.

A liderança da Câmara deveria tornar uma prioridade a aprovação do projeto do senhor Holt. Poucas questões têm a mesma importância do que garantir que os resultados de uma eleição são confiáveis.

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