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A semana Obama. Parte 1: o fim do neo-liberalismo
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Aproveitando a eleição norte-americana, vou botar aqui uma séire de comentários sobre o mais do que provável vencedor, Barack Obama. Começo com uma questão mais econômica do que política. Vejamos.

A eleição de Obama, se tudo se confirmar, deverá representar o fim de um grande período de liberalismo econômico no império norte-americano. Na verdade, mais uma vez um democrata está sendo escalado para resolver os problemas que o liberalismo causou.

Já foi assim em 1929, quando o grande ciclo de prosperidade do mundo Ocidental acabou no colapso da bolsa de 1929. Era o fim de três décadas de liberalismo, de laissez-faire, de governos que deixavam os mercados se auto-regularem . E Roosevelt foi chamado para tentar consertar a coisa com o seu New Deal.

Durante décadas, os governos que deixavam a coisa correr solta foram deixados de lado. Mas os anos 1970 criaram coisas terríveis: o glam rock, a calça boca-de-sino e o neoliberalismo figuram entre elas.

Thatcher assumiu o poder na Grã-Bretanha e, pouco depois, Reagan, nos EUA. Esqueceram tudo o que a história e os economistas da escolas de John Maynard Keynes haviam ensinado. E se voltaram para o liberalismo.

Será coincidência que uma nova bolha econômica quebrou a bolsa em 1987? Fato é que demorou um pouco, mas em 1992 os norte-americanos puseram Clinton, novamente um democrata, no poder.

Agora, os oito anos da direita, com George W. Bush, no mínimo ajudaram a a aprofundar um enorme problema econômico que, talvez, fosse inevitável.

Obama será eleito com a missão de deixar isso para trás. Terá de ser, necessariamente, o ponto final do neo-liberalismo nos Estados Unidos.

Se isso trará alguma vantagem para os norte-americanos, isso ainda ninguém sabe dizer ao certo. Veremos.

Jason Reed / Reuters
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