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É compreensível a gritaria que se faz contra a possível volta da CPMF, que pode acontecer num governo Dilma. Mas, ao mesmo tempo, é bastante justificável a volta do imposto.

Por um lado, entende-se que qualquer brasileiro fique chateado ao ouvir falar de mais um imposto. Afinal, já pagamos o bastante, principalmente pensando no quanto recebemos de volta do governo.

Por outro, há argumentos importantes a favor da CPMF. O mais importante deles talvez seja o de combate à sonegação dos demais impostos.

É que a CPMF é “insonegável”. E, vendo quanto o sujeito paga em movimentação financeira, é possível descobrir quanto ele está escondendo da Receita em outras áreas.

Aliás, é muito provável que a verdadeira razão por trás da fúria que a elite brasileira sentia pela CPMF tivesse a ver com isso. Ela era a pedra no sapato de quem queria pagar menos imposto do que devia.

Pense bem: a CPMF, na sua última versão, cobrava 0,38% das movimentações financeiras. O Imposto de Renda chega a cobrar 27%. Há uma diferença considerável entre uma coisa e outra.

No entanto, não foi contra a Imposto de Renda que a sociedade – diga-se, o Senado – se rebelou. Não foi para mexer na tabela de renda do contribuinte, que poderia livrar um pouco a classe média baixa de pagar mais pelo pouco que recebe, que os senadores se mobilizaram.

Eles estava de olho era no imposto do cheque. A razão para isso é clara.

Por mim, a recriação da CPMF aconteceria. Mas teria de ser seguida, também, por uma reforma em vários outros tributos. Aumentar a carga é discutível, claro. Mas ter um imposto baixo que garanta o pagamento dos outros é mais do que justo.

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