Beto Richa preferiu ficar longe das ruas neste domingo. Quando o protesto de Curitiba começou, ele estava, segundo sua assessoria, cumprindo agenda no interior. Mesmo depois de chegar à capital, não foi participar de qualquer evento pedindo o impeachment de Dilma.
Mais do que isso, Richa preferiu ficar calado sobre os eventos. nenhuma nota, nenhuma mensagem em redes sociais, nenhum vídeo conclamando o pessoal a participar, nada parecido. Silêncio absoluto sobre uma manifestação que reuniu 200 mil pessoas em Curitiba.
Comparada à estratégia de seus colegas de PSDB, a solução de Richa foi diferente. Aécio e Alckmin, por exemplo, resolveram pôr seu rosto nos protestos. Barca furadíssima: acabaram tendo de recuar após vaias e insultos que deixaram claro que eles não eram tão bem-vindos quanto imaginariam.
Richa tinha ainda mais motivos para ficar no seu canto. Muita gente ainda não engoliu a violência do 29 de abril, usada para empurrar goela abaixo da população um pacote impopular de medidas. Não bastasse, há as denúncias da Quadro Negro e da Publicano: e a da Publicano resultou numa investigação autorizada pelo STJ à beira dos protestos.
Não foi à toa que Richa ficou em silêncio. Resta ver como será seu comportamento daqui por diante, com o desenrolar do impeachment.
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