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O arquivamento das denúncias contra Nelson Justus e Alexandre Curi pelos gravíssimos desvios de conduta no Legislativo estadual só reforçam uma antiga suspeita: a de que o corporativismo é muito maior na Assembleia do que o do Congresso Nacional.

E olhe que não é fácil. No Congresso, os deputados e senadores já são conhecidos por não investigarem a fundo os podres de seus colegas (basta lembrar o caso do deputado do castelo, ou os desmandos de Sarney).

Mas em Brasília, pelo menos, há um jogo partidário que faz alguns parlamentares cobrarem de outros as devidas explicações. Oposição e governo se enfrentam, em alguns momentos, com possibilidade de escândalos de parte a parte serem revelados.

Aqui, não. O Conselho de Ética que julgaria Justus e Curi, por exemplo, é formado por cinco deputados. Há gente das seguintes siglas: PT, DEM, PSDB, PP e PMDB. Nenhum ousou levantar a voz contra o presidente e o primeiro-secretário.

O fisiologismo é tão grande, na verdade, que mesmo as eleições para a mesa executiva da Assembleia não costumam ter bate-chapa. São composições em que todos os partidos entram, amistosamente, pensando no que todos podem ganhar juntos (no mau sentido), e não em impor disputa de um projeto contra outro.

O projeto de todos, ao que parece, é o mesmo. E a sociedade já mostrou que está se cansando dele.

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