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As 10 críticas que Fruet vai enfrentar na campanha de reeleição (e como ele responde)
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Todo prefeito que vai enfrentar a reeleição tem certas facilidades: a máquina na mão, um exército de comissionados para fazer propaganda, resultados para mostrar. Mas também tem de enfrentar as críticas pelo que fez – e pelo que deixou de fazer nos anos em que esteve à frente do poder público.

No caso de Gustavo Fruet (PDT), há vários motivos de possíveis críticas dos adversários que certamente serão usadas na campanha, a partir de agosto. O blog separou dez tópicos que foram polêmicos na gestão atual e qual a resposta que a atual administração poderá apresentar para tentar garantir um segundo mandato para Fruet.

1- Lentidão da gestão

Radar consilux

A crítica mais comum que tem sido feita a Fruet é de que a prefeitura não foi exatamente ágil nos últimos quatro anos. Não resolveu alguns nós básicos da cidade (como os contratos do lixo, dos radares e o início das obras do metrô). Não concluiu a Linha Verde. Não tem numa grande obra física que marque a gestão.

A prefeitura em geral reage a essas críticas dizendo que herdou uma dívida pesada do antecessor, que o caixa ficou combalido devido à crise econômica e a um pacto federativo ruim e que preferiu manter tudo funcionando (todos os equipamentos construídos na fase da bonança) do que fazer muitas obras novas.

2- Prefeito-pintor

Faixa exclusiva na XV. Foto de Jonathan Campos/Gazeta do Povo.

Faixa exclusiva na XV. Foto de Jonathan Campos/Gazeta do Povo.

Pegou na cidade a brincadeira de que todas as principais “obras” de Fruet na cidade têm a ver com o uso de tinta. A via calma, a área calma, as faixas exclusivas de ônibus, as esquinas verdes. Coisas baratas que não representam grandes intervenções na cidade.

A prefeitura diz que as intervenções de trânsito deixaram os ônibus mais rápidos e que os acidentes com morte na cidade reduziram 40% nos últimos cinco anos (o que inclui parte das gestões anteriores, diga-se).

3- Ônibus caro

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O ônibus da cidade está em R$ 3,70 e passou por diversas altas durante os últimos três anos e meio. Além disso, houve a desintegração financeira entre Curitiba e região metropolitana. Embora os empresários tenham passado a receber multas por problemas de qualidade, os contratos seguiram praticamente intocados, mesmo tendo  sido apontadas diversas irregularidades na licitação.

A prefeitura diz que foi ao Judiciário depois de levantar as falhas de licitação e que essa foi a primeira gestão a “enfrentar” os empresários em vários itens. Põe a culpa da tarifa alta na inflação, no congelamento “irresponsável” da tarifa em gestões anteriores, e na falta de subsídio do governo do estado. E diz que a desintegração financeira foi culpa da Comec.

4- Buracos de rua/mato alto

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Todo mundo viu que nos últimos anos a cidade teve um ar mais desleixado: buracos no asfalto, remendos infinitos e mato alto pelos bairros, tanto nas ruas quanto nas praças. A oposição bate dizendo que nunca a cidade tinha sido tão mal cuidada nesse aspecto.

A prefeitura diz que a crise econômica e as dívidas herdadas (inclusive da Copa) obrigaram a uma escolha, que levou à redução de equipes de manutenção de vários setores, mas que isso está sendo resolvido agora (pertinho da campanha de reeleição…).

5- Cratera na Carlos Gomes

Buraco gigante na Carlos Gomes. Foto: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo.

O imenso buraco que engoliu parte da Praça Carlos Gomes, no Centro, certamente vai entrar na campanha deste ano. O ex-prefeito Rafael Greca afirmou que a culpa é da falta de manutenção das galerias fluviais.

Na prefeitura, a resposta (ainda dita à boca pequena) é de que o erro foi na obra inicial de canalização do Rio Ivo. E portanto a culpa seria do próprio Rafael Greca, prefeito na época da obra…

6- Moradores de rua

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Há um consenso de que aumentou o número de moradores de rua dormindo tanto no Centro quanto nos bairros da cidade. Somado ao fechamento do principal abrigo na região central, isso levou a uma crítica de que a prefeitura estaria descuidando dessa população. Por outro lado, surgiram comentários autoritários exigindo que a prefeitura removesse essas pessoas à força (o que além de desumano é ilegal).

A FAS diz que apesar de ter fechado o maior abrigo (que segundo as autoridades tinha condições desumanas) foram abertos vários outros centros. A esposa do prefeito, Marcia Fruet, diz que não adotará políticas higienistas e afirma que a população de rua tem sido bem atendida.

7- Uber x táxi

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A disputa entre taxistas e motoristas de Über entrou na pauta da cidade, inclusive com cenas de violência. Os vereadores aprovaram uma multa para quem dirigir carros de Über, que não são autorizados, mas a prefeitura não aplica a multa nem fiscaliza. E de outro lado quem é favorável à operação da concorrência dos táxis reclama da falta de regulamentação.

Fruet diz que esse não é um problema prioritário, elogia os táxis da cidade e diz que a pauta vem sendo forçada pela empresa internacional.

8 – Unidades de saúde

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A morte de uma pessoa em uma unidade de saúde esperando atendimento durante a gestão se tornou um símbolo das críticas ao sistema na administração Fruet. Os adversários reclamam do fim de unidades especializadas, como a Mãe Curitibana e o centro de atenção a idosos, na Ouvidor Pardinho.

A prefeitura diz que contratou mais profissionais e publicou recentemente uma série de “reportagens” indicando melhorias na gestão, inclusive com a inauguração e ampliação de unidades. Reclama também do subfinanciamento e da falta de convênios com o governo do estado.

9 – 30% para educação

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A principal promessa de campanha de Fruet foi destinar 30% das receitas para a área de educação, quando a lei exige 25%. Seria seu grande “legado imaterial”. Nos três primeiros anos, isso não ocorreu – e os porcentuais ficaram muito próximos das administrações anteriores.

Fruet diz que no último ano conseguirá atingir o porcentual, e que deixará isso também previsto no orçamento de 2017. E que a promessa nunca foi de fazer isso no primeiro ano de gestão.

10 – Berçários

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A falta de vagas nas creches continua a ser um problema. A fila não só não foi zerada como recentemente a prefeitura fechou turmas de berçário para dar espaço a crianças de 4 e 5 anos – que por lei agora precisam estar universalmente atendidas.

A prefeitura diz que ampliou CMEIs, além de fazer inaugurações, e que vai atingir a meta de 15 mil vagas prometida. Mas afirma que a crise dificultou a meta, já que a manutenção das creches abertas é tão cara quanto a construção.

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