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Ratinho Jr.. Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo.
Ratinho Jr.. Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo.| Foto:

A revolta da população com os políticos tradicionais mudou o perfil da Assembleia Legislativa do Paraná. Boa parte dos deputados foi trocada por bolsonaristas, por gente do MBL e até por um humorista que ficou famoso por causa do YouTube.

Para os deputados mais experientes, isso terá consequências no governo de Ratinho Jr. (PSD), que precisará lidar com uma bancada volátil, que não terá compromisso com nenhum governo. O número de deputados da base será sempre volátil, dependendo de cada votação.

No caso de Beto Richa (PSDB), por exemplo, sabia-se de antemão que 33 deputados votavam com o governo independente do que acontecesse (chegaram a entrar em camburão, votar no restaurante e sustentaram o horripilante 29 de abril). A nova bancada parece diferente.

“Qual é a força do governador? São as emendas”, explica um deputado de vários mandatos. “Mas para esse pessoal não interessa emenda. Eles querem é subir na tribuna, fazer discursos polêmicos e marcar posição ideológica”, afirma.

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Por isso, dependendo do tema, um deputado da bancada da bala jamais poderia ir com o governo, mesmo que tivesse interesse pessoal. Mais ou menos como já acontecia com a bancada evangélica. O problema é que agora esses deputados “independentes” somam quase metade do plenário.

Para os observadores, Ratinho vai acabar precisando se aproximar dos deputados mais “tradicionais” e não ficar dependendo desse voto pouco confiável. Isso pode influenciar até mesmo na decisão de apoiar alguém para a presidência do Legislativo, no começo do ano que vem.

 

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