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A partir de agora, em Nova York, é proibido fumar não apenas em locais fechados, mas também em alguns espaços abertos. Fumar em parques e praças (até na Times Square, uma espécie de ponto central de Manhattan) dá multa de US$ 50.

A ideia, claro, é proteger as pessoas contra a fumaça cancerígena. E, se aconteceu em Nova York, é bem possível que a partir de agora comece a se espalhar, esse novo conceito de proibição, por outras partes do mundo ocidental.

O debate sobre o tema, porém, é polêmico. Por um lado, é evidente que faz parte do dever do Estado proteger as pessoas contra um produto que faz mal à sua saúde. E está mais do que provado que cigarro é um destruidor de organismos vivos.

Assim, faz sentido restringir o fumo. Mas em espaços abertos é possível proibir?

O argumento contrário é que isso está atingindo o direito de um cidadão de exercer livremente o direito sobre o seu corpo em um espaço que não é de ninguém.

Afinal, ele fuma porque quer. Fica perto dele quem quiser. E alguns estudos sugerem que, ao ar livre, a fumaça se dispersa rápido o suficiente, sem causar grandes danos.

Michael Siegel, professor da Universidade de Boston, escreveu um artigo para o New York Times afirmando que a proibição do cigarro ao ar livre pode causar um revés para a causa antitabagista.

Embora existam estudos indicando que ficar a um metro de uma pessoa fumando ao ar livre pode ser semelhante, em riscos, a permanecer em uma área fechada com fumaça de cigarro, ainda há dúvidas sobre os danos causados ao fumante passivo neste caso.

Segundo o professor, os antitabagistas sempre lutaram tendo a seu lado a ciência, que mostra o perigo do cigarro. Nesse caso, em Nova York, o horror ao cigarro teria falado mais alto do que as provas já obtidas por cientistas, o que poderia fragilizar os argumentos contra o tabaco.

No fundo, o que ninguém contesta é que cigarro faz mal. E que ninguém deveria se expôr a esse risco desnecessário.

No entanto, a maneira de convencer as pessoas talvez não seja a proibição em espaços abertos.

E você, o que acha?

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