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Foto: Antonio More/Gazeta do Povo.
Foto: Antonio More/Gazeta do Povo.| Foto:
Foto: Antonio More/Gazeta do Povo.

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Com o calote anunciado no reajuste dos servidores, Beto Richa criou não só um problema com o funcionalismo atual. Criou um problema de credibilidade. Quem vai acreditar que ele vai cumprir seus próximos compromissos agora?

A cada quatro anos, sempre que concorre a um cargo público, Richa escreve num papel tudo o que promete fazer. E vai a um cartório. Lá, coloca-se um carimbo no plano de governo. Assim, dá a entender, ele não terá como se desdizer: o carimbo do tabelião é a garantia de que a promessa é séria.

Agora, Richa não está passando por cima do carimbo de um cartorário. Está passando por cima da lei: da lei que ele mesmo fez aprovar um ano atrás para acabar com a greve do funcionalismo – greve, aliás, causada por ele mesmo e seu pacote de ajuste fiscal.

A lei garantia o reajuste e mais 1% de ganho real. Veja bem: não era um papel com a garantia de estar depositado num cartório extrajudicial. Era a assinatura do governador sancionado uma lei aprovada pela Assembleia – por ordem dele.

Richa vem dizendo que a situação econômica do país se deteriorou. Verdade. Mas quando ele aprovou a lei, apenas um ano atrás, o texto não estava na condicional. Não dizia algo como: “caso a situação econômica permita, será dado reajuste…” O que havia era uma garantia simples. Será pago.

O governador pode contar a história triste que quiser. Já disse até que foi iludido por Dilma. Quem quiser, acredite. Mas o fato é que ele está descumprindo com a sua palavra. E quem não cumpre a lei que ele mesmo assinou vai poder pedir que as pessoas acreditem num papel depositado em cartório?

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