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Ficou tudo muito estranho na Câmara de Curitiba por uns dias. De repente, após anos de obediência ao poder Executivo, a bancada de situação parecia disposta a quebrar o laço que une vereadores e prefeitos.

O assunto que parecia dividir a “grande família” eram os radares da cidade, postos sob suspeição depois que um diretor da Consilux admitiu em imagens na tevê que havia manipulação das multas na cidade.

Conforme mostra reportagem de Chico Marés, alguns vereadores da situação decidiram apoiar o pedido de CPI feito pela oposição. Nada comum: normalmente, os 32 apoiadores de Luciano Ducci (PSB) passam longe da atividade fiscalizatória que caberia à Câmara.

Agora, porém, tudo voltou ao normal. Três vereadores retiraram sua assinatura acreditando, pelo que se entende, que a própria prefeitura vai fiscalizar a si mesma.

Jair Cézar, do PSDB, foi um dos que voltou atrás: disse que foi convidado para participar de um grupo da prefeitura que vai apurar as possíveis irregularidades. Se já vai estar lá, para que CPI?

Denílson Pires, do DEM, não só acredita plenamente na Urbs como acredita tanbém no colega Jair Cézar. Se ele vai estar lá, para que CPI?

Já o vereador Galdino vai mais direto ao ponto. O partido pediu para ele retirar a assinatura e ele topou, em nome da união do grupo.

Tudo bem que, com isso, a Câmara perde o poder de decidir quem quer ouvir sobre o assunto, que documentos quer pedir, como será conduzida a investigação.

Mas não faz mal. A própria prefeitura vai se autoinvestigar. Então, tudo bem.

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