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Cármen Lúcia, presidente do STF. Foto: Nelson Jr./SCO/STF
Cármen Lúcia, presidente do STF. Foto: Nelson Jr./SCO/STF | Foto:

Só o que se ouve falar é que o caixa do governo brasileiro está quebrado e que não há dinheiro para nada. Propõe-se que todos se aposentem mais tarde; universidades entram em colapso; cogita-se diminuir o Bolsa-Família pela metade… Mas o Judiciário segue tentando ser uma ilha de prosperidade em meio ao caos.

As principais associações de juízes do país pedem que o Supremo vote por um reajuste de 16,38% à categoria. Isso significa aumentar em mais de R$ 5 mil os salários que representam o teto do funcionalismo brasileiro. Até a presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, é contra o aumento.

Atualmente o salário dos ministros do Supremo é de R$33.763. O reajuste significa um aumento de R$5.530,32. Os juízes passariam a ganhar R$39.293,32.

Para a ministra a crise econômica pela qual o país passa não justifica o reajuste. Lembrando que o valor diz respeito apenas ao salário, sem contar outras “ajudas de custo”. Como o auxílio moradia de R$4,3 mil reais.

Também há o efeito-cascata. Se um aumento é aprovado para o STF, todos os juízes do país, bem como o Ministério Público, podem exigir um reajuste. E como num efeito dominó, seguem deputados federais, governadores e o presidente.

Os deputados estaduais – que devem ganhar 80% de um federal – podem pedir equivalência. O mesmo vale para os vereadores. Em Curitiba o salário de um vereador pode chegar até 75% dos deputados estaduais.

O salário mínimo nacional é de R$937, ou seja, um valor cerca de 42 vezes menor ao que os ministros querem receber com o reajuste. O auxílio moradia referente a um mês de um juiz manteria um funcionário ganhando o mínimo por cerca de 4 meses.

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