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Caso do ladrão de galinhas completa um mês no STF
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Fux

Completou um mês nesta segunda-feira a ação no Supremo Tribunal Federal sobre o caso do ladrão de galinhas de Minas Gerais. De acordo com as informações dadas sobre a ação no site do Supremo, o último lance da história foi a anexação de um documento enviado de Belo Horizonte para Brasília, em resposta a um ofício anteriormente remetido pelo próprio Supremo. É uma explicação dada pelo gabinete do desembargador responsável pela negativa de habeas corpus ao perigoso ladrão.

Para quem não soube ainda da história, Afanásio Guimarães, um modesto morador do interior de Minas Gerais, foi denunciado à Justiça depois de ter roubado uma galinha e um galo de seu vizinho. O valor do furto foi avaliado em R$ 40. O caso, por inacreditável que seja, chegou à corte máxima do país, onde se designou relator o ministro Luiz Fux (foto). Não se sabe se Fux, assim como no caso do mensalão, prometeu “matar no peito” o HC do ladrão de galinhas. Mas o fato é que está levando a situação há um mês sem desfecho.

A alegação da defesa faz todo o sentido. Apela para o princípio da insignificância: ou seja, o valor do furto não justifica a ação. Certo que não é assim que se calcula, mas só as remessas de documentos de Minas a Brasília e vice-versa certamente já pagaram muitas vezes o valor do furto. Além do que, e isso é o mais bizarro de tudo, Afanásio já devolveu o galo e a galinha ao dono. Fux negou e espera agora manifestação do Ministério Público. E a gigante máquina da burocracia vai se mexendo em torno de um caso que não paga a capinha sobre os ombros de Fux.

Enquanto isso, as ações que decidem sobre os milhões pagos em aposentadorias a ex-governadores de 10 estados do país continuam nas gavetas do Supremo. entende-se. Como se vê, os ministros têm coisas mais importantes para fazer,

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