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A ministra da Secretaria de Direitos Humanos, Maria do Rosário, está usando a descoberta de uma agenda com nomes de pessoas ligadas a tortura e espionagem como reforço para a ideia de que uma Comissão da Verdade precisa ser instalada no país.

Por um infortúnio histórico, erxiste uma lei no Brasil impedindo que pessoas que cometeram crimes políticos entre 1964 e 1985 no país sejam punidas (o que é um absurdo, claro).

Mas a Comissão da Verdade serviria para, pelo menos, mostrar o que cada um fez durante esse período. Se não pode haver punição verdadeira, com cadeia para quem merece, por exemplo, que pelo menos as vítimas possam ver os seus algozes expostos.

Seria uma maneira de resgatarmos nosso passado. De nos darmos o direito de não jogar 21 anos de tortura e crimes contra a humanidade para debaixo do tapete, como se não fossem nada.

O caso do Riocentro, que originou a nova discussão, mostra claramente a necessidade da comissão. Na época do atentado, destinado a dar mais força à linha dura do regime, em 1981, não se investigou a agenda do sargento morto durante a ação.

Por quê? Porque não havia interesse em descobrir a verdade. E, agora, 30 anos depois, arapongas e torturadores que poderiam facilmente ter tido sua ação descoberta na época, continuam por aí como se nada tivessem feito.

Na Africa do Sul a Comissão da Verdade foi fundamental após o regime do Apartheid. Por que não podemos fazer o mesmo?

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