• Carregando...

É impressionante como as coisas começam a acontecer quando grupos passam a fazer pressão constante sobre algum tema. Surgiram as ONGs de animais e logo vieram resultados, como o fim da eutanásia dos cachorros pegos pela carrocinha. Surgiram os cicloativistas e agora, do nada, as ciclovias de Curitiba passaram a fazer sentido.

O modelo antigo de ciclovia usado por aqui era aquele que ligava o nada a lugar nenhum. Era o modelo “de passeio”, que ia a parques, como se a bicicleta servisse só para fins de semana.

Ainda na atual gestão municipal, um grupo de cicloativistas teve problemas com a Justiça por pintar uma primeira “ciclofaixa” improvisada no asfalto urbano. Vieram as bicicletadas. E até o blog do Alexandre, vizinho aqui do nosso.

E, de repente, surgiu uma primeira mirrada ciclovia na Marechal Floriano que ligava o bairro ao trabalho das pessoas. Foi pintada com o tamanho errado. Veio a chiadeira. Veio a faixa do tamanho certo.

Agora, a prefeitura anuncia que a Copel vai gastar R$ 13,8 milhões para enterrar a fiação elétrica na Visconde de Guarapuava para poder usar a faixa central como ciclovia. Já é a segunda vez que a promessa ocorre, mas como agora é ano eleitoral, imagina-se que possa ser para valer.

O fato é que, quando o poder público começa a ser obrigado a fazer promessas, logo tem de cumpri-las. E só promete quando é pressionado, como aconteceu nesse caso.

Claro que alguém poderia falar que o melhor seria fazer mais uma faixa para carros. Mas o próprio Lerner, seguindo o ensinamento dos melhores urbanistas americanos, já dizia que carro é assim: quanto mais espaço você dá, pior fica a situação.

Siga o blog no Twitter.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]